Justiça determina sigilo no caso de PM's suspeitos de cobrarem propina
Na 1ª audiência do caso, seis de sete testemunhas convocadas, prestaram depoimentos nesta tarde.
O processo envolvendo os policiais suspeitos de cobrarem propina para liberação de carga de cigarros contrabandeados entrou em segredo de Justiça. A medida, que impede o acesso público às informações, foi determinada pelo juiz da Auditoria Militar, Alexandre Antunes da Silva, durante a primeira audiência do caso, realizada na tarde desta quarta-feira (17), no Fórum de Campo Grande.
Durante aproximadamente duas horas, o magistrado ouviu seis das sete testemunhas de acusação convocadas para depoimentos hoje. Entre eles, foram intimados Fábio Garcete – este último quem teria denunciado o suposto crime, e Rogério Fernandes Mesquita, motorista do caminhão, que participou da audiência por meio de videoconferência, diretamente do município de Japorã.
A audiência aconteceu a portas fechadas, na sala da Auditoria Militar. Sob escolta, todos os réus estiveram presentes: Alex Duarte de Aguir, de 38 anos, os cabos Rafael Marques da Costa, de 28 anos, Eduardo Torres de Arruda, 37 anos, João Nilson Cavanha Vilalba, 40 anos, Felipe Fernandes Alves, 31 anos, e os soldados Lucas da Silva Moraes, 28 anos, e Walgnei Pereira Garcia, de 34.
Todos são lotados no 10º Batalhão da Polícia Militar, que atende a região sul da cidade.
Ao fim da audiência, saíram pelos fundos do Fórum e retonaram ao presídio Militar, onde estão presos desde dezembro de 2017.
“Nesta quarta-feira foi aberto prazo para a defesa apresentar o rol de testemunhas. Os advogados têm cinco dias corridos para apresentar os nomes”, informou o juiz Alexandre, por meio da assessoria de imprensa.
Caso – No dia primeiro de dezembro, o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) recebeu denúncia sobre cobrança de R$ 150 mil para liberação de um caminhão carregado de cigarros contrabadeados, no valor de R$ 1 milhão.
Em consequência, foram presos Alex Duarte de Aguir e o cabo Rafael Marques da Costa, no Jardim Tarumã. Dias depois, foram presos os outros cincos policiais, também suspeitos de participação no esquema, já que teriam sido reconhecidos pelo motorista, Rogério.