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Capital

Justiça finalmente "acha" réu por ajudar mãe na morte de chargista

Oficial havia relatado duas tentativas frustradas de notificar acusado para apresentar defesa

Marta Ferreira | 18/02/2021 14:53
Equipes da Polícia Civil e da funerária no local onde restor mortais de chargista foram deixados por mãe e filho. (Foto: Arquivo)
Equipes da Polícia Civil e da funerária no local onde restor mortais de chargista foram deixados por mãe e filho. (Foto: Arquivo)

Depois de duas tentativas frustradas, a Justiça conseguiu notificar o pedreiro João Victor de Azevedo Leite, de 21 anos, para apresentar defesa preliminar no processo em que é réu, junto com a mãe, Clarice Silvestre de Azevedo, 44 anos, pelo assassinato do chargista Marcos Antônio Rosa Borges, de 54 anos, ocorrido em novembro do ano passado.

João Vitor confessou à Polícia Civil ter ajudado Clarice a esquartejar o corpo da vítima, a colocar os pedaços em malas, abandonar em um terreno e depois atear fogo.

Conforme o andamento processual, o réu foi notificado hoje, pessoalmente, depois de contato telefônico. O mandado havia sido expedido em janeiro.

Em reportagens anteriores, o Campo Grande News mostrou primeiro que o oficial de justiça estava com dificuldades para encontrar o réu no endereço informado pela acusação. Depois, por telefone, João Vitor disse que não havia sido procurado nenhuma vez.

Conforme consta da da ação criminal, ele foi então contatado por celular, o mesmo no qual atendeu à reportagem, compareceu ao fórum nesta manhã, quando foi informado do prazo de 10 dias para apresentar defesa no processo. À Justiça, disse não ter recursos para contratar advogado e por isso será representado por um defensor público.

João Vitor, acusado junto com a mãe em ação sobre morte de chargista. (Foto: Reprodução das redes sociais)
João Vitor, acusado junto com a mãe em ação sobre morte de chargista. (Foto: Reprodução das redes sociais)

O pedreiro é réu por ocultação de cadáver e também por concurso de pessoas, tipificação para quem ajuda a cometer ato ilícito.

A mãe dele, a massagista Clarice Silvestre de Azevedo, está presa desde 25 de novembro. No caso dela, a acusação é de homicídio triplamente qualificado por motivo fútil, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima.

Clarice, pela informação obtida, ainda não apresentou sua defesa prévia também. Depois disso, vão ser marcadas as audiências de instrução, para ouvir testemunhas e os réus.

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