Justiça nega liminar para suspender "cartel" de anestesiologista no HU
A ação civil pública do MPF (Ministério Público Federal), em caráter liminar, que pedia à Justiça o fim do cartel da Servan, empresa que terceiriza o serviço dos médicos anestesistas, foi negada pela Justiça Federal ontem (4).
O MPF entrou com a ação na 3ª semana de novembro afirmando que o cartel poderia causar um colapso no sistema de saúde do Estado.
De acordo com a diretoria da Servan, a empresa pede que as reivindicações por honorários justos sejam atendidas e não concorda com a ação do MPF. Para a diretoria, a decisão da Justiça foi favorável aos profissionais.
Na ação, o ministério pedia que os profissionais fossem remunerados conforme a tabela SUS (Sistema Único de Saúde) até que um concurso público para a categoria fosse feito. O órgão pediu ainda que a empresa reduza seu quadro de médicos a no máximo 20% dos anestesiologistas do município para garantir o fim do cartel.
Toda a discussão começou depois que o contrato entre a Servan, que possui 86 dos 89 médicos anestesistas da Capital, e o Hospital Universitário expirou no dia 25 de novembro. O hospital então anunciou que os médicos seriam remunerados conforme a tabela do SUS.
Depois de anunciar que as cirurgias seriam suspensas, o hospital voltou atrás e, em um acordo com a empresa, ficou definido que o serviço dos anesteseologistas continuaria enquanto o processo tramitasse na Justiça.