Justiça nega recurso de médica afastada acusada de má conduta em posto
No recurso, médica alegava "abuso de poder" do município e que os profissionais envolvidos foram afastados “com base em conjecturas políticas”
A justiça negou o recurso de uma das medicas da Unidade Básica de Saúde no Bairro Tiradentes, afastada pela prefeitura, suspeita de má conduta no atendimento dos pacientes da unidade. Outros três profissionais também foram dispensados, no início deste mês e cada um deles também é alvo de sindicância.
No pedido de tutela antecipada, a médica Jaqueline Nazarko da Cunha solicitava o retorno às suas funções e apontava “abuso de poder” e arbitrariedade do município quanto aos afastamentos.
Segundo ela a real intenção do município era apenas prejudicar os profissionais envolvidos “com base em conjecturas políticas”. No entanto, o desembargador Amaury da Silva Kuklinski não observou elementos suficientes para acatar o recurso feito à pedido de urgência e o indeferiu, na ultima quinta-feira (14). Mas as partes envolvidas ainda devem se manifestar em juízo sobre o pedido.
Afastamento – À época dos afastamentos, um dos médicos, Alex Bortotto Garcia, ex-presidente do Sinmed (Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul), também alegou “perseguição política” por parte do prefeito. Garcia pontuou que nem ele e os três colegas teriam sido avisados sobre qualquer descumprimento de norma.
Já a prefeitura alegou indisciplina dos médicos que teriam apresentado atestados frequentes, se recusado a atender pacientes e demonstrado que iriam atender mal a população. A dispensa vai durar 60 dias como “medida cautelar”.