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Capital

Justiça ouve testemunhas de acusação em 1ª audiência sobre caso PRF

Oito pessoas devem prestar depoimento contra o policial rodoviário federal, ricardo Hyun Su Moon

Luana Rodrigues | 04/04/2017 18:12
Coberto com toalha, Ricardo deixa presídio no dia 1º de fevereiro. (Foto: André Bittar/Arquivo)
Coberto com toalha, Ricardo deixa presídio no dia 1º de fevereiro. (Foto: André Bittar/Arquivo)

Começam nesta quarta-feira (5), as audiências sobre o caso do empresário Adriano Correia do Nascimento, 33 anos, morto pelo PRF (Policial Rodoviário Federal), Ricardo Hyun Su Moon, após briga de trânsito em Campo Grande.

Conforme o cronograma, a partir das 13h40 serão ouvidas as testemunhas de acusação do caso, na 1ª Vara do Tribunal do Júri.

Na audiência, oito pessoas prestarão depoimento. Entre elas, Agnaldo Espinosa da Silva, 48 anos, e o enteado dele, de 17 anos, que estavam no carro junto com Adriano, no dia do crime, e também ficaram feridos.

Na próxima semana, dias 11 e 12, foram marcadas mais duas audiências. No dia 11, o juiz Carlos Alberto Garcete quer ouvir peritos e delegados para esclarecer o surgimento de dois maçaricos, com formato que lembra revólver, na caminhonete do comerciante Adriano Correia do Nascimento.

Para o magistrado, o caso deve ser investigados para apurar responsabilidades e crime de fraude processual. No dia 12, a Justiça ouve as testemunhas da defesa.

Briga e morte - O empresário, que conduzia uma caminhonete Toyota Hilux, foi morto na madrugada de 31 de dezembro de 2016, um sábado, na avenida Ernesto Geisel, em Campo Grande.

Na versão do policial Ricardo Moon, que era lotado em Corumbá e seguia em um Mitsubishi Pajero para a rodoviária, o condutor da Hilux provocou suspeita pela forma que dirigia e fez a abordagem após ter sido fechado. Nos depoimentos, ele reforçou que sempre se identificou como policial.

O policial foi denunciado por homicídio doloso contra Adriano e tentativa de homicídio contra Agnaldo Espinosa da Silva e o enteado de 17 anos, passageiros da caminhonete.

Ele foi preso por duas vezes, mas está em liberdade. Para a defesa do policial, os maçaricos sempre estiveram no veículo e foram ignorados pela perícia.

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