Lago apenas semicheio frustra feriado de famílias no Parque das Nações
Prazo de 48 horas previsto pelo secretário estadual de Meio Ambiente para paisagem voltar ao normal vence nesta sexta-feira
Quem tirou o feriado de criação do Estado na expectativa de ver o lago do Parque das Nações Indígenas cheio novamente se frustrou na manhã desta sexta-feira (11). Os bancos de areia que marcaram a paisagem do cartão-postal de Campo Grande nos últimos meses continuam e decepcionou a a criançada ansiosa por alimentar os peixes.
A personal de tecnologia Mônica Carlini, 58 anos, levou a neta Bianca, 3, para aproveitar a manhã no Parque, na esperança de encontrar o lago já cheio. “Ela adora o lago, adora natureza e queria dar comida para os peixes. Vamos ter que voltar amanhã”, disse.
O gerente comercial Adriano Basili, 33, teve a mesma ideia de Mônica e levou o filho, Arthur, 3. “Eu espero que quando encher de verdade os peixes voltem, porque é um atrativo. Eu venho todo fim de semana no Parque, costuma trazer ração”, contou, enquanto o pequeno insistia em ir até o banco de areia para ver a água mais de perto.
O empresário Lauro Klaine, 59, corria na pista e parou sobre a ponte para observar o lago. “Venho de três a quatro vezes por semana. O Parque ficou muito triste, perdeu a graça”.
A curiosidade diante do lago era nítida entre quem foi até o Parque das Nações. Alguns paravam para analisar o cartão-postal. As crianças queriam chegar o mais próximo possível da água.
O lago começou a receber água na quarta-feira (9), após quase quatro meses do esvaziamento para as obras de desassoreamento. Naquele dia, o titular da Semagro (Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), Jaime Verruck, informou prazo de 48 horas para que a paisagem voltasse ao normal.
O secretário revelou ainda que 68 milhões de metros cúbicos de água seriam utilizados na operação. De acordo Verruck, ainda falta concluir as etapas de desassoreamento do córrego João Português e Réveiilon, cujas nascentes ficam na região, e a reforma do gabião. Junto com os trabalhos no João Português, está prevista a reforma dos decks, hoje em más condições de conservação.
As obras de desassoreamento do lago do Parque das Nações começaram em junho deste ano, em parceria entre a Prefeitura de Campo Grande e o governo do Estado. O enorme banco de areia formado chegou a ser palco de protestos contra o descaso com o local.
À época, os serviços foram estimados em R$ 8 milhões. Pelo menos 140 mil metros cúbicos de areia foram removidos do lago.