Laudo classifica assassino de Mayara Amaral como semi-imputável
Exame considerou que entedimento de Luis Alberto Bastos Barbosa era parcial ao cometer crime
Réu confesso, Luis Alberto Bastos Barbosa foi considerado semi-imputável por laudo psiquiátrico do médico Rodrigo Ferreira Abdo, psiquiatra responsável pelo exame permitido por decisão do juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, que assumiu a 2ª Vara durante as férias do juiz responsável pelo caso, Aluizio Pereira dos Santos.
Conforme o laudo, Luis pode ter a pena reduzida, já que o exame considera que o réu não tinha entendimento completo do crime cometido. Luis foi examinado em clínica médica da Capital no dia 7 de agosto.
Segundo a defesa, ele estava sob efeito de drogas no momento em que cometeu o crime e sobre crises de abstinência constantes no presídio. Desde agosto do ano passado o advogado de réu tenta junto ao juiz a liberação para que o exame de insanidade mental seja feito.
Depoimento - Luís foi ouvido na tarde de quinta-feira (17), na terceira audiência sobre o assassinato da musicista. Diante do juiz, ele lembrou que conheceu Mayara em um bar da cidade, através de amigos e que logo se envolveram no projeto de uma nova banda. Com os ensaios, os dois acabaram se aproximando e tiveram o que o réu chamou de “encontros casuais”.
Segundo Luís, o terceiro encontro entre eles aconteceu na noite em que Mayara morreu. Foi durante uma “briga besta”, regada com muito álcool e uso excessivo de droga. “Eu estava três dias sem dormir, com sintomas de sífilis e na função da droga”, afirmou. “Se eu tivesse consciente, nunca ia fazer uma coisa dessas”.
“Não lembro se foram dois, três ou um, não lembro quantas vezes, só flashs”, afirmou o réu quando o juiz perguntou quantas vezes ele acertou Mayara com o martelo. Luís também alegou não se lembrar o porque atingiu a apenas a cabeça da musicista. “Não queria bater. Só queria assustar”.
O caso – Mayara Amaral, musicista e educadora, tinha 27 anos quando foi brutalmente assassinada, no dia 25 de julho de 2017. A última vez que foi vista estava na companhia de Luis Alberto Bastos Barbosa, em um ensaio, um dos projetos musicais de Mayara.
O destino final da musicista só foi descoberto depois. Seu corpo foi encontrado parcialmente carbonizado na estrada que dá acesso a cachoeira conhecida na Capital como ‘Inferninho’. Mayara foi morta em um quarto de motel. Foi ferida a golpes de martelo e teve o corpo abandonado e incendiado no fim da tarde do mesmo dia.