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Capital

Mãe de paciente e médica brigam em UPA e confusão vai parar na delegacia

Nyelder Rodrigues | 22/03/2017 21:17

A briga entre uma mãe de paciente e uma médica na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Jardim Leblon foi parar na delegacia no começo da noite desta quarta-feira (22). A confusão aconteceu dentro do consultório e só foi separada após gritos da médica, que alertaram a equipe de enfermagem, que separou a situação.

Logo após a confusão, uma equipe da Guarda Municipal foi chamada e encaminhou tanto a médica, que tem 33 anos e sofreu arranhões no rosto, quanto a mãe da criança que aguardava atendimento, que tem 46 anos, para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro, onde o caso foi registrado como lesão corporal recíprocas.

Ainda na UPA Leblon, a mulher que aguardava a consulta chegou a ser contida pelos guardas. Ela afirma que passou toda a tarde esperando pelo atendimento, porém, ele não aconteceu. Na versão da médica, a ficha da mulher estava entre os pacientes ausentes, já que no momento em que foi chamada, ela não estaria lá.

Depois da grande espera, a mulher foi chamada com a filha e entrou no consultório. Foi aí que a confusão começou, havendo versões diferentes de cada uma das envolvidas registradas no boletim de ocorrência.

Segundo a médica, a mãe da paciente já entrou alterada, gritando. Ela então pediu para que a mulher abaixasse o tom de voz, mas não adiantou. A mãe da paciente deu um soco na mesa e ainda disse que ela teria que atender a filha. Em seguida, a médica tentou sair da sala, pois já havia sido agredida outra vez.

Porém, a mulher teria partido para cima dela, a derrubando no chão e arranhado o rosto da médica. Contudo, a mãe da paciente nega tal versão e apresenta outra à polícia. Ela diz que ao entrar no consultório, afirmou em tom de irônico que a médica tinha esquecido de atendê-la, causando reação agressiva da médica.

A mulher diz que tentou acalmar a profissional, que teria dito que não atenderia mais a filha dela. Logo depois, segundo conta a mulher, a médica teria pego um objeto de sua mesa e atingido a cabeça dela. Assim, a mulher frisa que revidou, iniciando a briga, conforme ficou registrado pela Polícia Civil.

Sesau lamenta o caso - Em nota emitida logo após o caso, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) lamentou o caso e repudiou as agressões sofridas pela médica, afirmando ainda saber que são constantes as agressões verbais e físicas sofridas pelos profissionais da área da saúde pública em Campo Grande.

"O assunto, inclusive, foi tema de audiência pública promovida pela Câmara Municipal de Campo Grande na manhã de hoje, onde foi reforçado pelo secretário de Saúde, Marcelo Vilela, que também é médico e atua no serviço público há mais de 20 anos, que episódios como este não podem mais ocorrer", frisa a nota.

Mais cedo, a prefeitura também revelou, por assessoria de imprensa, que irá reforçar a segurança nos postos de saúde da Capital com a presença de mais guardas municipais, visando justamente evitar situações como a desta noite.

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