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Capital

Mães que denunciaram maus-tratos exigem posicionamento da Semed

Grupo foi para a frente do Ceinf Santa Edwiges no fim da tarde de hoje, mas voltou sem resposta

Anahi Zurutuza e Christiane Reis | 11/08/2016 17:52
Mães foram para a frente de Ceinf e pediram que representante da Semed fosse enviado ao local (Foto: Alcides Neto)
Mães foram para a frente de Ceinf e pediram que representante da Semed fosse enviado ao local (Foto: Alcides Neto)

Um grupo de mães de alunos do Ceinf (Centro de Educação Infantil) Santa Edwiges, localizado no bairro Aero Rancho – no sul de Campo Grande – foram para a frente da unidade, no fim da tarde desta quinta-feira (11), para demonstrar indignação a respeito da falta de posicionamento da Semed (Secretaria Municipal de Educação) em relação às denúncias de maus-tratos e falta de estrutura na creche.

Elas cobravam a presença de um representante da Semed (Secretaria Municipal de Educação) ou da Prefeitura, mas foram embora sem que tivesse a solicitação atendida.

A Semed, entretanto, informou por meio da assessoria de imprensa que a coordenadora do Núcleo de Educação Infantil, Erica Vasconcelos, passou a tarde no Ceinf para dar esclarecimentos às mães que procuraram a unidade preocupadas com as denúncias.

Mofo nas paredes do Ceinf Santa Edwiges é uma das reclamações (Foto: Direto das ruas)
Mofo nas paredes do Ceinf Santa Edwiges é uma das reclamações (Foto: Direto das ruas)
Formigueiros espalhados no quintal da creche também preocupam (Foto: Direto das ruas)
Formigueiros espalhados no quintal da creche também preocupam (Foto: Direto das ruas)

Denúncias – Depois que veio à tona o caso da funcionária filmada maltratando crianças no Ceinf Maria Cristina Ocáriz de Barros, no Tijuca 2 – sudoeste da Capital –, “pipocaram” denúncias sobre outras situações que aconteceram em creches municipais.

No dia 4 de agosto, três funcionárias e três mães de alunos do Ceinf Santa Edwiges deram uma entrevista coletiva, intermediada pelo Senalba (Sindicato dos Empregados em Entidades Culturais, Recreativas, de Assistência Social, de Orientação e Formação Profissional no Estado de Mato Grosso do Sul), e reclamaram da falta de assistência e providências quando casos são levados à Semed.

No Santa Edwiges, segundo as mães, teve educadora que fez criança engolir o próprio vômito, outra que forçava meninos e meninas dormirem, além dos casos de funcionários que foram denunciados por abuso sexual e que chegaram a ser processados por maus tratos. 

“A gente quer uma resposta, a gente quer saber que providência vão tomar”, afirmou Ana Marta Marcelino, 29 anos.

A operadora de caixa, Brenda Morales, 23, teve de pedir demissão do trabalho para voltar a cuidar da filha, de 3 anos, aluno do Ceinf do Aero Rancho, que na semana passada apareceu com hematomas pelo corpo. Para ela não resta dúvida, os machucados foram provocados por agressões de coleguinhas. Contudo, a mãe acredita que há negligência por parte dos funcionários que cuidam das crianças. “Meu marido vai manter a casa, eu já estou cumprindo aviso, porque não vai ter jeito. Prefiro cuidar dela, até ela ficar maiorzinha”.

A única posição dada pela Semed foi que funcionária está conversando com as mães que procuram esclarecimentos.

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