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Capital

Mais três presos da Fazendas de Lama serão levados para delegacia

Paulo Yafusso | 12/05/2016 15:08
Três presos na Operação Fazendas de Lama continuam na sede da Polícia Federal, em Campo Grande (Foto: Fernando Antunes)
Três presos na Operação Fazendas de Lama continuam na sede da Polícia Federal, em Campo Grande (Foto: Fernando Antunes)

Devem ser transferidos ainda nesta quinta-feira (12) os três presos na Operação Fazendas de Lama que continuam na Superintendência da Polícia Federal. O ex-secretário estadual adjunto de Fazenda, André Luiz Cance e Evaldo Furrer Matos, de Rio Negro, estão na sede da PF desde o dia da operação, na última terça-feira (10). Já o empresário Flávio Henrique Garcia Scrocchio, preso em Tanabi (SP), foi trazido no fim da tarde de ontem.

Os três vão se juntar ao empresário João Amorim, dono da Proteco, ao ex-secretário estadual de Obras, Edson Giroto, e aos servidores da Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos), Hélio Yudi e Wilson Roberto Mariano. Eles ocupam as celas da Denar (Delegacia Especializada de Repressão a Narcóticos) desde a tarde de terça-feira, para onde foram levados depois de prestarem depoimento na PF.

Os policiais que vieram de São Paulo trouxeram também o material apreendido na empresa de Flávio Garcia, a Terrasat Engenharia e Agrimensura, com sede em Tanabi, e em uma empresa de Maringá (PR). Estão sendo aguardados o que foram apreendidos na empresa de Curitiba (PR) e na Encalso, em Presidente Prudente (SP).

A Operação – A ação realizada na última terça-feira faz parte da segunda fase da Operação Lama Asfáltica, deflagrada no dia 9 de julho do ano passado, para investigar desvios de recursos federais na execução de obras em rodovias de Mato Grosso do Sul. Trabalho que vem sendo feito pela PF, CGU (Controladoria-Geral da União) e Receita Federal.

Na Fazendas de Lama, o foco da investigação é a lavagem de dinheiro. A análise de documentos e discos rígidos de computadores apreendidos levaram os investigadores a indícios de que os integrantes da “organização criminosa” usavam o dinheiro desviado na compra de bens, principalmente fazendas.

Para a operação desta semana foram mobilizados 201 policiais federais, 28 servidores da CGU (Controladoria-Geral da União) e 44 da Receita Federal. Foram cumpridos 15 mandados de prisão temporária, 28 de busca e apreensão e 24 de sequestro de bens. De acordo com as investigações, o desvio de recursos públicos se davam por meio de fraudes em licitação e pagamento por serviços não executados ou realizados com qualidade inferior ao contratado.

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