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Capital

Manifestação motivada por morte de vizinha continuará nesta segunda

Nyelder Rodrigues | 24/04/2016 19:47

Os vizinhos de Juliana da Silva Fernandes, 25 anos, morta após ser esfaqueada quatro vezes pelo ex-marido Michael Leite de Carvalho, na madrugada de sexta-feira (22) na favela Cidade dos Anjos, Jardim das Hortênsias, prepara para a manhã desta segunda-feira (25) uma nova manifestação pedindo justiça, proteção à família da vítima e aos moradores da comunidade.

Na noite deste domingo (24), os moradores da região fecharam o cruzamento das avenidas Presidente Tancredo Neves e Arquiteto Vila Nova Artigas, no bairro Aero Rancho com pedaços de madeira e galhos, inclusive, incendiando os materiais depois. A PM (Polícia Militar) acompanhou a situação e negociou a liberação do via, por volta das 19h. O Corpo de Bombeiros foi chamado para apagar o fogo.

"Vamos sair da Cidade dos Anjos às 7h e de lá ir até a rua da Divisão [bairros Parati e Aero Rancho], onde protestaremos por justiça e por mais segurança para a família da Juliana e para nós mesmos. Ele só conseguiu entrar no barraco para matá-la porque rasgou a lona. Queremos casa para termos mais proteção", explica uma das participantes, Cristiane da Silva Martins, 33 anos.

O crime aconteceu na madrugada de sexta-feira (22), no barraco onde morava a vítima com mais três filhos - um menino de sete anos que teria visto toda o crime, uma menina de quatro e outro menino de dois anos - na rua Prímula, Jardim das Hortênsias. Juliana foi levada para o Hospital Regional, passou por duas cirurgias, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

Conforme uma testemunha, a mulher estava em casa, quando o ex-marido invadiu o barraco. Os dois passaram a discutir e Juliana acabou agredida com pelo menos quatro facadas. Ela foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros e encaminhada ao Hospital Regional, onde morreu.

Este ano, esse é o segundo caso de feminicídio na Capital. Em janeiro, Vilma Alves de Lima, 57 anos, funcionária do setor administrativo do Hospital Rosa Pedrossian foi assassinada a golpes de faca pelo ex-companheiro em frente à entrada principal da unidade.

Após o crime, o pedreiro Wilson Lima, 69 anos, tentou suicídio jogando o carro que conduzia contra um caminhão. Ele foi socorrido, internado na Santa Casa sob escolta e após receber alta foi direto para um presídio.

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