Manifestantes criam comissões e dizem que querem protesto espontâneo
Grupo que parece assumir os rumos da manifestação popular de amanhã em Campo Grande, divulgou nota há pouco sobre os motivos de não aceitar interferências institucionais no movimento.
Os manifestantes não querem “estrutura” para o protesto de quinta-feira em Campo Grande, mas tentam organizar o processo. Criaram comissões e assim dividem tarefas e responsabilidades.
Eles representan a parte descontente com a ideia de protesto com itinerário definido e uso de mecanismos como trio elétrico. Como o objetivo é um ato sem qualquer referência partidária ou comercial, a preocupação é com o que esse tipo de recurso pode significar.
“Ficamos preocupados porque é uma estrutura cara. Quem vai bancar isso?”, explica o responsável pela comissão de Comunicação, Victor Samudio.
Os manifestantes decidiram distribuir uma nota à imprensa, “depois da divulgação de que haveria distribuição de panfletos patrocinados, trios elétricos, itinerários e horários pré-definidos com a organização do movimento”.
No documento, a Comissão de Comunicação lembra que vários participantes se colocaram veemente contra a participação de grupos políticos e de patrocinadores dos protestos, tal qual aconteceu em São Paulo e em outras cidades do Brasil.
O grupo reforça que não admite “a intervenção governamental ou institucional no protesto, uma vez que a intenção é levar o povo as ruas para protestar justamente contra esse sistema. Não haverá panfletagem, nem apoio empresarial e o trajeto será definido com os participantes na hora do protesto”.
Os organizadores reforçam que a manifestação será amanhã, com conventração às 17h na praça do Rádio.