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Capital

Marquinhos nega falcatruas em licitações para cascalhamento de ruas da Capital

Ex-prefeito garante que lotes para recuperação de vias seguiram todos os trâmites licitatórios necessários

Jhefferson Gamarra | 19/06/2023 15:20
Ex-prefeito Marquinhos Trad em entrevista coletiva na Capital (Foto: Paulo Francis/Arquivo)
Ex-prefeito Marquinhos Trad em entrevista coletiva na Capital (Foto: Paulo Francis/Arquivo)

Ex-prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD) garantiu que as empresas alvo das investigações da Operação Cascalho de Areia, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), seguiram todos os trâmites necessários para a assinatura de contratos para a execução de manutenção de vias não pavimentadas durante seu mandato.

De acordo com o ex-gestor, a Capital foi divida por regiões: Bandeira, Prosa, Lagoa, Segredo, Anhanduizinho e Imbirussu, sendo, ao todo, seis lotes para contratação de empresas especializadas em manutenção de vias, com todos os processos seguindo os requisitos de transparência e publicidade.

“Foi feita concorrência publica, várias empresas concorreram e quatro empresas ganharam lotes. A Rial ganhou dois lotes, a Engenex ganhou dois lotes, a Gradual ganhou um lote e a ALS ganhou um lote”, informa o ex-prefeito.

Ainda segundo Marquinhos, após o processo licitatório e antes de serem homologados, todos os contratos tiveram parecer jurídico do departamento das licitações, da Secretaria de Obras, e foram elaborados pela PGM (Procuradoria-Geral do Município). “Nossa função é abrir a concorrência e receber os documentos das empresas. Eu não vou atrás para saber se as empresas pertencem a laranjas ou não”, diz o ex-prefeito.

A denúncia que originou a operação relata que as contratações de algumas dessas empresas não passavam de fachadas, os serviços não eram executados e os valores previstos são usados para a compra de imóveis para o ex-prefeito Marquinhos Trad.

O caso foi relatado às 29ª e 31ª Promotorias de Justiça, dos promotores Adriano Lobo Rezende e Humberto Lapa Ferri, respectivamente, que identificaram a falta de serviços de cascalhamento na região do contrato, e assim, forte indício de corrupção. Para as buscas e apreensões de ontem, pedido foi feito à 5ª Vara Criminal, que negou.

Após a negativa, caso então foi levado à 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça e o desembargador Zaloar Murat Martins de Souza acatou a pretensão ministerial em 1º de junho, liberando a operação.

Negando qualquer envolvimento com as empresas citadas, o ex-prefeito atribui a operação como mais um episódio de perseguição política. “Quem conta isso é uma denúncia anônima de seis ou sete linhas que foi escrita por um anônimo desprovido de qualquer elemento de prova”, disse Marquinhos. “Essas denúncias foram feitas durante a eleição para o governo”, finaliza o ex-prefeito.

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