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Capital

Médicos reduzem atendimento e reunião busca solução para Santa Casa

Paulo Nonato de Souza | 13/06/2017 12:18
Direção da Santa Casa promete mostrar realidade financeira nesta terça-feira em reunião com sindicatos no MPT/MS (Foto: Arquivo)
Direção da Santa Casa promete mostrar realidade financeira nesta terça-feira em reunião com sindicatos no MPT/MS (Foto: Arquivo)

Greve, problema recorrente na Santa Casa de Campo Grande ultimamente. Desta vez são os médicos da instituição que reduziram as atividades em 30% para reclamar atrasos salariais e o não pagamento de horas extras, e a instituição vai aproveitar uma reunião marcada para as 14 horas, na Procuradoria do MPT/MS (Ministério Público do Trabalho) para apresentar realidade financeira e a situação das negociações do contrato com a prefeitura.

A reunião entre a direção da Santa Casa e representantes da Secretaria Municipal de Saúde, dos sindicatos dos médicos e dos enfermeiros, terá mediação do Procurador do MPT/MS, Paulo Douglas Almeida de Moraes, que nesta última segunda-feira, 12, protocolou pedido na 3ª Vara do Trabalho para pagamento imediato de salários, como forma de evitar a greve. Na Santa Casa, são 250 médicos contratados pelo regime da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e 400 médicos autônomos.

No requerimento, o procurador informa que 70% dos atendimentos ambulatoriais e das cirurgias eletivas são realizados por médicos autônomos e celetistas, bem como 30% dos atendimentos de urgência e emergência. “Estamos diante de uma considerável inviabilização da prestação de serviços de saúde pública local”, alertou.

Ouvido pelo Campo Grande News, o presidente do Siems (Sindicato dos Trabalhadores em Enfermagem de Mato Grosso do Sul), Lázaro Santana, disse que o impasse entre a Santa Casa e a prefeitura para a reforma do contrato anual tem sido o fator gerador dos problemas de atraso de salários a cada mês, como uma espécie de “bola de neve”.

“Os constantes atrasos de salários são decorrentes da questão do contrato com a prefeitura. Desde o ano passado o contrato tem sido apenas renovado com base em termos aditivos, e isso resolve apenas questões pontuais, resolve impasses daquele mês, e no mês seguinte começa tudo de novo”, disse Lázaro Santana, presidente do Siems (Sindicato dos Trabalhadores em Enfermagem de Mato Grosso do Sul).

Santana lembrou que o setor de enfermagem da Santa Casa fizeram duas greves nos últimos dois meses por atraso de salário. “Fizemos uma paralisação em maio e paramos na última terça-feira. Agora nossos salários estão em dia, mas por conta dessa indefinição contratual com a prefeitura, e a questão do repasse, não sabemos como será no mês que vem”, ressaltou.

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