Mesmo com alerta de golpes, Justiça tira tornozeleira de alvo da Ouro de Ofir
A prisão preventiva foi revogada e ele passou a usar tornozeleira eletrônica desde 26 de dezembro
A Justiça liberou Olodoaldo Arruda de Oliveira, alvo da 3ª fase da operação Ouro de Ofir, do monitoramento por tornozeleira eletrônica. A decisão foi contra parecer do MP/MS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul).
Segundo a promotoria, o réu, mesmo monitorado, continua fazendo vítimas na venda de aportes, “incutindo a falsa ideia de licitude no negócio fraudulento deflagrado na operação policial”.
Realizada pela PF (Polícia Federal), a Ouro de Ofir aponta que há uma rede de golpistas, resultando em 60 mil vítimas. Em geral, o investimento inicial era de mil reais para um resgate financeiro futuro de R$ 1 milhão.
Os valores seriam oriundos de negociação de vendas de ouro para o exterior. Para repatriação, 40% de uma altíssima soma de dinheiro ficariam com o governo federal, 40% doado como ajuda humanitária e 20% para a família de um dos investigados.
As operações de crédito levam o nome dos responsáveis e Olodoaldo é apontado como líder de um núcleo. Ele foi preso em cinco de setembro do ano passado, em Campo Grande. A prisão preventiva acabou revogada e passou a usar tornozeleira eletrônica em 26 de dezembro.
De acordo com decisão da 4ª Vara Criminal de Campo Grande, publicada ontem (dia 26), não nos autos motivos para renovação da medida de vigilância eletrônica. A decisão cita que ele já foi denunciado.
Ação na Justiça de Mato Grosso do Sul também cobra indenização de Olodoaldo. Na 1ª Vara Cível de Campo Grande, um músico disse que pagou R$ 2.660 para receber R$ 62 milhões a título de ajuda humanitária. O grande negócio foi apresentado por um “irmão de fé”, frequentador da mesma igreja.
Foram quatro depósitos entre os dias 5 de setembro e 11 de novembro do ano passado. Do total, foram R$ 550 na operação Olodoaldo, que resultaria em R$ 10 milhões.