Ministério sobe piso de professores e sindicatos vão começar negociação
Ministro da Educação, Camilo Santana, publicou portaria hoje com remuneração de R$ 4.420,55 para 40h em 2023
Em Mato Grosso do Sul, 75% dos municípios não cumprem o pagamento do piso salarial nacional previsto em lei aos professores das redes municipais, segundo o presidente da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), Jayme Teixeira. Com a decisão do Ministério da Educação de reajustar o piso em 15%, anunciada na segunda-feira (16), a federação já se prepara para iniciar negociação com as prefeituras.
O ministro da Educação, Camilo Sobreira Santana, publicou portaria nesta terça-feira (17). Com o reajuste, o piso passará de R$ 3.845,63 para R$ 4.420,55.
A Fetems levará à Justiça casos de municípios que não se adequarem ao novo piso, conforme Jayme. Atualmente, 41 municípios cumprem o piso. Clique aqui para conferir o levantamento da Fetems dos salários em cidades de MS.
“Vamos fazer um seminário com todos os sindicatos municipais e orientar para o início das negociações com os municípios para que seja cumprida a lei. Com relação às prefeituras que não cumprirem, vamos judicializar. Na rede estadual é diferente, porque o salário do professor em Mato Grosso do Sul já é além do piso nacional, desde 2014”, comentou Jayme.
O presidente da federação falou sobre o assunto logo após reunião com o governador Eduardo Riedel (PSDB), na governadoria, para tratar sobre nomeação de aprovados em concurso anunciada nesta manhã.
Atualmente, o concursado para 40h tem salário de R$ 10,3 mil, na rede estadual de MS. É a melhor remuneração entre os Estados do Brasil. Já o contratado ganha R$ 5,4 mil para 40h.
Na Capital, os professores fizeram greve no fim do ano passado e estão em negociação com a prefeitura, pois não recebem o piso previsto em lei. Uma comissão será criada para avaliar como será aplicado o reajuste salarial de 10,39%, conforme acordado em reunião na manhã desta segunda-feira (16) entre representantes da ACP (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública), a prefeita Adriane Lopes (Patriota) e alguns vereadores.