Morador na Capital, borracheiro é condenado a 17 anos por depredação em Brasília
Sentença ainda determina pagamento de R$ 30 milhões por danos morais coletivos
Morador de Campo Grande, o borracheiro Orlando Bardelli da Silva foi condenado a 17 anos pelos atos antidemocrático de 8 de janeiro de 2023, que resultou na depredação de prédios públicos em Brasília.
A decisão é do STF (Supremo Tribunal Federal), que realizou sessão virtual entre 22 de março e 4 de abril. A condenação é por abolição violenta do Estado democrático de Direito, Golpe de Estado, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado e associação criminosa armada.
A sentença ainda determina pagamento de R$ 30 milhões por danos morais coletivos, valor que será pago de forma solidária por todos os condenados. O início do cumprimento da pena será em regime fechado.
A condenação foi nos termos do voto do ministro Alexandre de Moraes (relator), vencido o ministro Nunes Marques e, parcialmente, os ministros Cristiano Zanin, Edson Fachin, André Mendonça e Luís Roberto Barroso.
Quando foi preso, em janeiro de 2023, Orlando, de 42 anos, morava no município de Panorama, interior de São Paulo. Mas ele se mudou em agosto do ano passado para o Jardim Monumento, na Capital. Orlando afirmou que perdeu seu ponto de trabalho, onde era borracheiro, durante o período da prisão. Desta forma, sua família veio para Mato Grosso do Sul, localidade onde já tinham parentes.
Na sequência, o monitoramento da tornozeleira eletrônica foi transferido para Campo Grande. Orlando obteve a liberdade provisória em agosto de 2023. Toda segunda-feira, ele é obrigado a comparecer à Cepa (Central de Execução de Penas Alternativas).
No processo do STF, Orlando é representado pelos advogados Larissa Claudia Lopes de Araújo e Matheus Nascimento Brito Moraes. Ao defender outro réu, a sustentação oral de Larissa no Supremo chamou a atenção, nas redes sociais e da imprensa, pela emoção. Ela chorou diante dos ministros. A advogada é do Distrito Federal e atua de forma voluntária.
O Campo Grande News entrou em contato com o advogado Matheus Moraes. “É possível recorrer, mas não vou comentar sobre o caso agora”.
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