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Capital

Moradores de ocupação tentam reunião com prefeita, mas não são recebidos

Depois de ficarem uma hora esperando, as 15 famílias foram orientadas a marcar reunião para outro dia

Por Clara Farias | 04/11/2024 14:10
Moradores de ocupação saindo da Prefeitura de Campo Grande (Foto: Paulo Francis)
Moradores de ocupação saindo da Prefeitura de Campo Grande (Foto: Paulo Francis)

Quinze famílias das ocupações do Jardim Tarumã e Portal Caiobá se reuniram hoje (4) em frente à Prefeitura de Campo Grande para tentar reunião com Adriane Lopes (PP), mas saíram frustrados. Eles foram orientados a agendar uma reunião e ir até a Emha (Agência Municipal de Habitação) para reaver os itens recolhidos durante a desocupação do espaço público.

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Quinze famílias das ocupações do Jardim Tarumã e Portal Caiobá se reuniram em frente à Prefeitura de Campo Grande na tentativa de se encontrar com a prefeita Adriane Lopes, mas saíram frustradas ao serem orientadas a agendar uma reunião. As famílias, cujas casas foram destruídas durante uma ação de desocupação, buscam respostas sobre a remoção e a recuperação de itens pessoais recolhidos. Moradores expressaram descontentamento com a falta de acesso à prefeita e a situação precária em que se encontram, destacando que muitos não têm onde morar após a demolição de suas casas.

Os moradores tiveram as casas destruídas por patrola no dia 31. No período da manhã, uma ação da Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente), com apoio da Emha e da Guarda Civil Metropolitana, demoliu as estruturas de alvenaria que tinham na Avenida Rosana Aparecida Espíndola Jordão.

Pouco tempo depois, no mesmo dia, o foco da secretaria foi no Jardim Tarumã, em que aproximadamente 50 famílias moravam na área pública reservada para expansão do Polo Industrial do município. Uma das únicas pessoas que chegou a construir uma moradia de alvenaria foi a primeira a ter a casa parcialmente destruída.

Morador do Jardim Tarumã, Gessé Ferreira Leite, 39 anos, contou ao Campo Grande News que resolveu ir até o Paço Municipal, porque a prefeita teria "prometido não mexer com as pessoas que estavam em área de comodado". Segundo ele, o que as famílias querem é uma resposta sobre a remoção que aconteceu nos bairros.

Ao sair sem conseguir falar com Adriane Lopes (PP), Gessé afirmou que estava frustrado. "Antes da eleição todo mundo tinha acesso, e hoje não estamos tendo acesso a ela".

A moradora do Portal Caiobá, Luana Santos, de 25 anos, estava acompanhada do marido Fabiano Brito, 30 anos, para tentar respostas na manhã de hoje. Ela conta que o objetivo da reunião era ver se a prefeita ajuda as famílias que foram removidas da área pública. "É só um pedacinho, e eles chegaram tirando tudo. Muita gente que está lá não tem onde morar. Tem família que está ficando lá no meio do mato", contou Luana.

O esposo complementa: "vamos na Emha, tentar pegar os materiais que foram retidos, ver se as ferramentas que eles pegaram estão lá. Levaram o fogão dos meninos, tudo o que tinha dentro da casa. Vamos aproveitar para refazer o cadastro na agência", disse Fabiano.

A Emha informou, por meio da assessoria de imprensa, que "na tarde desta segunda-feira (4), cerca de quinze famílias, anteriormente envolvidas nas tentativas de ocupações Caiobá e Tarumã, procuraram a Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários (Emha) para reaver alguns materiais recolhidos durante a ação realizada no dia 31, conforme foi informado pela Emha ao grupo" e que "as famílias foram devidamente cadastradas no banco de dados da Agência Municipal de Habitação, inclusive, sendo constatado que nenhuma delas possuía inscrição".

Moradores reunidos em frente da Prefeitura de Campo Grande (Foto: Paulo Francis)
Moradores reunidos em frente da Prefeitura de Campo Grande (Foto: Paulo Francis)

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