Motoristas criticam a falta de uso ou a má utilização da seta nas ruas
Taxados como estressados e mal educados, condutores criticam os motoristas da Capital e afirmam que a seta é esquecida pelos campo-grandenses. Eles assumem que o trânsito da cidade é um caos e pedem mais atenção aos motoristas.
Quem anda por Campo Grande percebe os erros cometidos pelos motoristas. A autônoma Mariza Castro de Almeida, 53 anos, já está traumatizada com as atitudes dos condutores. “Uns dão seta pra direita e viram pra esquerda, outros pra esquerda e não viram e tem aqueles que ligam a seta muito em cima do local”, analisou.
Ela também trabalha como motorista particular de uma adolescente. Então Mariza diz conhecer bem o motorista campo-grandense. “Eles estão bem estressados”. A autônoma relatou que os piores horários para o tráfego são às 6h30, 12h e 16h45.
“É um caos”, foi assim que o gerente de fazenda Jesuel Bernardo, 34, caracterizou o trânsito da Capital. Para ele, a seta não é respeitada pelos condutores. “Os motoristas ligam a seta, mas os outros não a respeitam. Nós somos os causadores deste desrespeito”, analisou.
Ele, que já possui a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e até hoje disse não ter se envolvido em acidentes, também criticou a atitude dos condutores em rotatórias. “Eles nunca dão a preferência, além de buzinar para tudo”, comentou Jesuel.
Mas tem aqueles que não percebem as setas dos motoristas. “Dificilmente ligam a seta ou se não ligam e esquecem de desligar”, contou o técnico em telecomunicações Ramiro Azambuja, 33.
Gecilda Silva de Jesus, 37, disse que precisa prever qual a direção que o veículo da frente irá tomar. “Temos que adivinhar para onde ele vai”, confessou.
Os problemas com as setas não foram as únicas reclamações dos motoristas da cidade. Gecilda afirmou que os campo-grandenses são muito estressados. “Está complicado andar por Campo Grande, os motoristas vivem buzinando. Estão muito estressados”.
“Aqui é tudo facão, muito ruim. Parece que não conhece a lei de trânsito. Hoje o motorista está mais estressado e distraído”, julgou Ramiro. Ele afirmou que a cidade está crescendo e não está mais comportando o grande número de veículos.
“É tudo falta de atenção, muitas vezes o motorista fica olhando para algum lugar ou fica usando o celular enquanto dirige”, constatou Mariza.