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Capital

Motoristas de ônibus ameaçam nova paralisação por falta de reajuste salarial

No dia 29 de dezembro reunião entre motoristas e Consórcio foi cancelada e segue sem nova data

Izabela Cavalcanti | 13/01/2023 11:09
Ônibus da linha Cabreuva, na Rui Barbosa (Foto: Kísie Ainoã)
Ônibus da linha Cabreuva, na Rui Barbosa (Foto: Kísie Ainoã)

Os motoristas de ônibus do transporte coletivo de Campo Grande estão ameaçando, mais uma vez, paralisar as atividades no dia 18 de janeiro, caso não haja um posicionamento sobre o reajuste salarial de 16% da categoria. A data-base venceu dia 18 de novembro.

“Nós vamos aguardar até dia 17, se não desenrolar isso, no dia 18 nós vamos parar”, disse ao Campo Grande News o presidente da Federação de Transporte de Mato Grosso do Sul e tesoureiro do STTCU-CG (Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande), Willian Alves da Silva.

Segundo o presidente do Consórcio Guaicurus, João Rezende, o impasse ocorre devido à falta de reajuste da tarifa de ônibus. “A Prefeitura de Campo Grande informou que até o dia 17 de janeiro ia definir a tarifa. Eles falam que estão trabalhando para calcular e não nos chamou. Estamos aguardando a definição da prefeitura sobre a tarifa, que através dela vem o reajuste salarial, que vem o reequilíbrio”, comenta.

No dia 21 de novembro de 2022, foi protocolado pela Agereg (Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Campo Grande), no Tribunal de Contas do Estado, um estudo de viabilidade econômico-financeira da concessão do serviço do transporte coletivo urbano do município de Campo Grande, no valor de R$ 7,791.

"Foi atendendo a um pedido do Tribunal de Contas, que impôs que a gente fizesse um estudo de remodelagem do transporte. Não podemos falar ainda que é uma tarifa técnica porque não foi aprovado”, explicou o presidente da Agereg, Odilon Júnior.

Entenda – No dia 27 de dezembro, representantes do transporte coletivo se reuniram com a diretoria do Consórcio Guaicurus para definir o aumento salarial. Na ocasião, o Consórcio propôs reajuste de 6,46%, acumulado da inflação em 12 meses.

No entanto, a categoria recusou, sendo marcada uma nova reunião no dia 29 de dezembro, que foi cancelada sob justificativa de que a empresa que gere os ônibus da Capital teria pedido mais um tempo para se organizar com as propostas. Ou seja, no dia em que estão ameaçando parar, completa 20 dias sem devolutiva.

O piso salarial é de R$ 2.468, mais 1,5% sobre passageiros pagantes na catraca, 9% do salário diluído de seis em seis meses, um vale-gás (um mês sim, outro não), adicional noturno, ticket alimentação de R$ 150 e assistência médica.

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