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Capital

Motoristas não aceitam reajuste de 6,4% e farão contraproposta nesta quinta

Categoria se reunirá para apresentar a contraproposta ao Consórcio Guaicurus na próxima rodada de negociações

Gabriela Couto e Izabela Cavalcanti | 27/12/2022 11:19
Reunião entre representantes da categoria e o Consórcio Guaicurus, na sede da Aviação Cidade Morena, nesta terça-feira (27). (Foto: Izabela Cavalcanti)
Reunião entre representantes da categoria e o Consórcio Guaicurus, na sede da Aviação Cidade Morena, nesta terça-feira (27). (Foto: Izabela Cavalcanti)

Representantes dos motoristas do transporte coletivo de Campo Grande se reuniram com a diretoria do Consórcio Guaicurus na manhã desta terça-feira (27) para a quarta rodada de negociações e recusaram a proposta de reajuste de 6,46%. A data base da categoria expirou no dia 18 de novembro e, após ameaçar a paralisação dos serviços, os proprietários das empresas de ônibus apresentaram nova proposta aos trabalhadores.

No encontro de hoje o Consórcio apresentou o reajuste de 6,46%, o acumulado da inflação dos últimos 12 meses. Uma nova reunião ficou marcada para a próximo quinta-feira (29), às 15h, na Viação Cidade Morena, para fazer uma contraproposta. Até lá a greve segue suspensa.

Atualmente, os motoristas recebem um piso salarial inicial de R$ 2,4 mil, ganham 1,05% por passageiro pagante na catraca, 9% do salário diluído de seis em seis meses, com vale gás um mês sim e outro não, além do adicional noturno, ticket alimentação de R$ 150 e assistência médica.

O presidente do Consórcio Guaicurus, João Resende, voltou a afirmar que o grupo segue com dificuldades de fazer o reajuste sem aumentar a tarifa do transporte. “Hoje o cidadão comum paga R$ 4,40, a tarifa técnica é de R$ 5,15. A prefeitura repassa R$ 1 milhão e o governo estadual R$ 1,2 milhão, com certeza nós vamos avançar com segurança. No entanto, para que chegamos a um ponto final, foi pedido uma majoração de 16% o que com certeza não será possível. Tudo que fizermos hoje, vai ficar atrelado ao equilíbrio econômico. Lembrando que a tarifa técnica que foi calculada de R$ 8”, destacou.

Presidente do Consórcio Guaicurus, João Resende, apresentou proposta de reajuste com percentual da inflação dos últimos 12 meses. (Foto: Izabela Cavalcanti)
Presidente do Consórcio Guaicurus, João Resende, apresentou proposta de reajuste com percentual da inflação dos últimos 12 meses. (Foto: Izabela Cavalcanti)

Cerca de 2,5 milhões de passageiros utilizam o transporte coletivo por mês na Capital. “A diferença de R$ 5,15 para R$ 8 ficou em R$ 2,85. Então a diferença é de R$ 7,1 milhões entre os R$ 5,15 e os R$ 8 ao mês”, acrescentou Resende.

O presidente do STTCU-CG (Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande), Demétrio Freitas, reclamou que a justifica do Consórcio é sempre a falta de condições financeiras. “Resolvemos suspender a greve porque o consórcio chamou para a reunião. O índice dos 16% é negociável, mas agora a gente quer um ganho real. Esperamos que a partir desta reunião eles comecem a discutir. Eu sempre digo que não somos funcionários da prefeitura, somos funcionários do Consórcio. São 1,5 mil trabalhadores”.

Presidente do STTCU-CG (Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande), Demétrio Freitas. (Foto: Izabela Cavalcanti)
Presidente do STTCU-CG (Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande), Demétrio Freitas. (Foto: Izabela Cavalcanti)


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