Mulher vai responder por acusar ex-marido de estupro e sequestro
Caso foi registrado na Deam no dia 26 de novembro e investigação apontou que crime nunca existiu
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Mulher de 37 anos vai responder por denúncia falsa, após procurar a Deam (Delegacia de Atendimento à Mulher) de Campo Grande e acusar o ex-marido de sequestro e estupro. Ela procurou a polícia no dia 26 de novembro e relatou que quatro dias antes havia sido raptada por três homens ao chegar na rodoviária da Capital, mas investigação apontou que crime nunca aconteceu.
A mulher é moradora de Nova Alvorada do Sul e relatou que teria vindo até a Capital visitar o filho. No entanto, segundo a Deam, a investigação mostrou que ela não viajou nessas datas e não há nenhuma imagem que registre a suposta ação dos bandidos.
Segundo apurou o Campo Grande News, a mulher perdeu a guarda dos filhos que foram levados para um abrigo em Nova Alvorada do Sul e ficou sabendo da possibilidade de as crianças ficarem com o pai. Por isso, ela teria registrado o boletim de ocorrência para prejudicar o ex-marido.
Na ocasião da denúncia, a reportagem tentou conversar com a vítima, mas foi informada pelo filho que ela já havia voltado para Nova Alvorada do Sul e estaria muito abalada. Agora, com a comprovação da mentira, ela foi indiciada por denunciação caluniosa.
Caso – À polícia, a mulher contou que no dia 22 de novembro ela embarcou em um ônibus de viagem na cidade de Nova Alvorada do Sul e veio para Campo Grande visitar o filho. Quando chegou na rodoviária da Capital, foi abordada na passarela que dá acesso à Avenida Gury Marques por um homem oferecendo corrida de aplicativo.
Após passar o endereço ao motorista, o homem disse que cobraria R$ 18 pela corrida, ela aceitou e entrou no veículo. Eles foram em direção ao Jardim Noroeste, em determinado momento, o suspeito mudou o trajeto. Questionado pela mulher, o rapaz informou que a levaria ao encontro do ex-marido.
A casa para onde a vítima foi levada fica em uma rua de estrada de chão, com portão vermelho. Quando a mulher entrou no imóvel que foi utilizado como cativeiro, tinham dois homens encapuzados e armados a esperando.
Ela foi deixada em um quarto sem comida e água por cinco dias. Durante os dias, os suspeitos diziam que estavam aguardando a ordem do ex-marido da vítima para matá-la e que atirariam em seus joelhos para que ela não andasse mais. Os bandidos ficavam usando droga, bebendo e passavam a mão no corpo da vítima chamando-a de gostosa.
Na tarde do dia 26, por volta das 16h, a mulher percebeu que os suspeitos estavam na varanda no fundo do imóvel e fugiu. Após duas quadras do local, entrou em uma mata e pediu ajuda para um senhor que passava de moto pelo local. O rapaz deixou a vítima na rodoviária e lá ela acionou uma equipe da GCM (Guarda Civil Metropolitana).
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