Na última hora, energia volta na maioria das escolas para aulas 100% presenciais
Na porta das escolas, expectativas são as melhores e pais falam em recuperar defasagem adquirida na pandemia
Depois de quase dois meses de folga, o primeiro dia letivo de 2023, nesta quarta-feira (8), é de ansiedade para alunos da Rede Municipal de Ensino e também para os pais. Na porta das escolas, as expectativas são as melhores para quem enfrentou o ensino remoto e híbrido por causa da pandemia da covid-19 e agora, terá um ano inteirinho nas salas de aula, sem restrições.
Geni Oliveira, de 50 anos, foi levar o neto, Lucas Yuri, 9, para o primeiro dia de aula na Escola Municipal Padre Tomaz Ghirardelli, no Bairro Dom Antônio Barbosa, região sul da Capital. “Ele estava bem ansioso para voltar, o que ele mais gosta é da hora dos esportes”.
Orgulhosa, a avó conta que Lucas praticava jiu-jitsu até o ano passado. Neste ano, matriculado em escola nova, ele ainda não decidiu qual esporte vai escolher. De qualquer maneira, Geni se sente segura de deixar o neto em colégio perto de casa. “Muito bom saber que ele está num lugar evoluindo e seguro”.
A servidora pública Michelly Felipe Monfort, de 39 anos, foi levar a filha Emily, de 9 anos, que começa agora o 4º ano, também na Padre Tomaz Ghirardelli. Ela espera que a pequena consiga superar as dificuldade adquiridas durante a pandemia. “Ela ainda não consegue ler a letra cursiva. Minha expectativa com as aulas presencias é que ela recupere o que não conseguiu com as aulas à distância”.
Michelly conta que a menina estava muito ansiosa para voltar para a escola. “Ela estava muito ansiosa, levantou cedo, praticamente madrugamos arrumando os cachinhos dela”. Emily estava com saudades dos colegas. “Quero conhecer as professoras novas e reencontrar meus amigos”, disse.
Escolas sem luz - Em 16 unidades escolares da Capital, os alunos corriam risco de voltar para prédios sem energia elétrica. As escolas tiveram os fios furtados durante as férias e a parte elétrica passava por reparos até esta terça-feira (7).
Uma delas é a Escola Municipal Professora Maria Regina de Vasconcelos Galvão, no Bairro Parque Novo Século, também no sul da Capital. A corrida contra o tempo para reinstalar os 200 quilos de fios furtados terminou na noite de ontem, segundo a coordenação.
A auxiliar de saúde Dayane Matos Ramies, 31, levou a filha de 5 anos, aluna do 1ª ano, para o primeiro dia por lá. "Ela estava super ansiosa para voltar. Sempre ficava perguntando 'mamãe, já é amanhã?'".
A filha de Priscila Machado, 30, chegava nesta manhã para a primeira vez em uma escola. “Eu cuidava dela até o ano passado. Espero que ela se enturme bem, faça muitas amizades”. Animada, a menininha não escondeu o sorriso enquanto a mãe era entrevistada.
Detalhes – O ano letivo, que começou nesta quarta-feira (8), terá 200 dias, segundo prevê o calendário escolar. Os kits com uniformes e material escolar, conforme a Semed (Secretaria Municipal de Educação), serão entregues de forma gradativa.
Em Campo Grande, são 205 unidades, sendo 99 escolas e 106 Emeis (Escolas Municipais de Educação Infantil), onde estão matriculados 109 mil estudantes.
Transporte coletivo – Em dia de volta às aulas, veículos do transporte coletivo transitam pelas ruas da Capital normalmente. Pelos locais que a reportagem passou, na região central e sul da cidade, não houve tumulto nos pontos de ônibus e embarque de passageiros.