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Capital

Na volta para casa, estudante discute com motorista e é atropelada por Uber

Rafael Ribeiro | 14/04/2017 11:50
Larissa diz sentir fortes dores e não conseguir fixar o pé no chão após ser atropelada por Uber (Foto: Acervo Particular)
Larissa diz sentir fortes dores e não conseguir fixar o pé no chão após ser atropelada por Uber (Foto: Acervo Particular)

A estudante universitária Larissa Mendes, 21 anos, acusa um motorista da Uber de passar com o carro por cima de seu pé direito. O caso aconteceu na madrugada desta sexta-feira (14), no bairro Santo Antônio, região oeste de Campo Grande.

Segundo Larissa Mendes, o incidente ocorreu por volta das 4h. Ela relatou ao Campo Grande News que voltava de um bar na Avenida Calógeras, na região central, quando um amigo emprestou o celular para que ela usasse o aplicativo.

No caminho até seu bairro, Larissa pediu para que o motorista parasse seu Corolla preto nas proximidades da Rodoviária Antiga para que pudesse comer algo. Foi quando começou a ser ofendida.


“Ele reclamou, disse que não pararia de jeito nenhum, que ia fechar a corrida, que era para eu descer”, disse a universitária.


Pelo horário e o risco de usar celular na região, Larissa se calou. Decidiu seguir para sua casa. Na Avenida Duque de Caxias, nas proximidades de um atacadista, no entanto, comentou que não custaria nada o motorista ter feito a parada pedida.


“Foi o estopim”, disse. “Ele parou de novo, exigiu que eu descesse de qualquer jeito, praticamente me expulsou.”


Com medo, a universitária começou a descer. E tão logo colocou o pé na rua, o motorista arrancou com o veículo, passando sobre o seu pé.


“Fiquei caída na guia, ferida, sangrando e vi ele indo embora, sem prestar nenhum tipo de ajuda, sem se preocupar. Eu fiquei chocada, pensando no que se passa na cabeça de uma pessoa dessas”, lamentou.


Por cerca de cinco minutos Larissa ficou caída, gritando por ajuda. Até que um homem em uma caminhonete voltando do emprego noturno, que ela não conseguiu guardar o nome, lhe socorreu até a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Vila Almeida.


A universitária sofreu uma torção no local e ainda sente fortes dores no local. Não consegue fixar o pé no chão e sequer almeja um prazo para a recuperação. Ainda chocada com o ocorrido, espera apenas pelo colega que lhe emprestou o celular fornecer os dados do motorista para registrar o caso na Polícia Civil.


“Ele é um prestador de serviços, não pode ser tão despreparado dessa maneira, tem que ter respeito por quem está atendendo. Sequer demonstrou preocupação. Poderia ser algo muito mais grave”, disse.

Procurada pela reportagem, o Uber comunicou por meio de sua assessoria que vai investigar o ocorrido e espera pela vítima entregar os dados do motorista para tomar as medidas cabíveis.

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