Negada escolta especial a envolvidos em assassinato de universitários
Pedido foi feito por dois dos 5 envolvidos. Um deles fará exame de sanidade mental
A Justiça negou “escolta específica” aos envolvidos no assassinato de Breno Luigi Silvestrini de Araújo, de 18 anos, e Leonardo Batista Fernandes, de 19 anos. Os universitários foram sequestrados e mortos na noite de 30 de agosto e os corpos encontrados na tarde do dia 31, em Campo Grande.
A defesa de Raul de Andrade Pinto e de Weverson Gonçalves Feitosa pediu que as saídas deles do presídios, para audiência por exemplo, fossem realizadas somente com autorização da juíza da 3ª Vara Criminal, Eucélia Moreira Cassal, que preside ação penal em que eles respondem por corrupção de menores, e também “mediante escolta específica”.
Os advogados de Weverson pediram ainda a realização de exame toxicológico, sendo determinado que fosse feito o de sanidade mental. Neste, será apontado se o rapaz é dependente de drogas e também será verificado se ele é inimputável, total ou parcial.
Sobre o pedido de escolta, a juíza da 3ª Vara Criminal explicou que não há “comprovação de qualquer situação concreta que reclame tal medida” e que as autorizações para saídas serão dadas pelo juiz corregedor do presídio, conforme determina a lei.
A defesa dos dois réus citaram também que ambos foram torturados. Sobre a informação, a juíza encaminhou para ciência do MPE (Ministério Público Estadual), “deixando este juízo de determinar a instauração de inquérito policial, ante a absoluta ausência de elementos para tanto até o momento”.
Crime - Raul, Weverson, Rafael da Costa da Silva, Dayani Aguirre Clarindo e o irmão de Rafael, - um adolescente – sequestraram Breno e Leonarado após eles terem saído do Bar 21, no bairro Chácara Cachoeira.
Os criminosos levaram os rapazes para a saída para Sidrolândia. Na rodovia, os amigos foram agredidos e mortos. A quadrilha roubou a camionete Pajero dos jovens.
Como os estudantes não chegavam em casa, as famílias acionaram a Polícia e as primeiras prisões foram na fronteira com a Bolívia. Com as declarações dos presos, a Polícia chegou até o local onde os corpos foram encontrados.