ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
FEVEREIRO, SÁBADO  15    CAMPO GRANDE 23º

Capital

“Negra e feia”: mulher é condenada por injúria racial no WhatsApp

A mulher não aceitava a relação da vítima com seu ex-companheiro

Por Lucas Mamédio | 14/02/2025 16:58
“Negra e feia”: mulher é condenada por injúria racial no WhatsApp
Entrada do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (Foto: DIivulgação)

Uma mulher foi condenada pela Justiça por injúria racial após enviar mensagens ofensivas pelo aplicativo de mensagens WhatsApp. O crime ocorreu entre os dias 7 e 8 de novembro de 2022, quando a denunciada, inconformada com o relacionamento de seu ex-companheiro com a vítima, enviou diversas mensagens contendo expressões racistas e depreciativas sobre a aparência da nova parceira dele.

RESUMO

Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!

Uma mulher foi condenada por injúria racial após enviar mensagens ofensivas via WhatsApp, chamando a nova parceira de seu ex-companheiro de "negra e feia". O caso ocorreu em novembro de 2022, e a Justiça de Mato Grosso do Sul a sentenciou a um ano de reclusão, substituído por serviços comunitários e multa. A ré também deve pagar R$ 5 mil por danos morais à vítima. As mensagens foram usadas como prova no processo, destacando a gravidade dos insultos racistas.

Nas mensagens enviadas, a mulher utilizou termos ofensivos, referindo-se à vítima como “mulher negra e feia”, “cara de macho” e fez insultos sobre seus traços físicos, como nariz e boca. Em uma das mensagens, chegou a afirmar que sua filha estava envergonhada da "negra horrível" que o pai havia escolhido como companheira. As mensagens não foram disponibilizadas no processo.

Diante das ofensas, a vítima tomou conhecimento do conteúdo e decidiu denunciar o caso. O Ministério Público de Mato Grosso do Sul ofereceu denúncia contra a acusada com base no artigo que trata da injúria qualificada por preconceito racial. Durante a investigação, ficou comprovado que as mensagens partiram do celular da ré, e o conteúdo foi utilizado como prova no processo.

A mulher foi condenada a um ano de reclusão e dez dias-multa, em regime aberto. No entanto, a pena privativa de liberdade foi substituída por duas penas restritivas de direitos: a prestação de serviços comunitários pelo mesmo período da pena e o pagamento de uma prestação pecuniária no valor de dois salários mínimos, que serão destinados a uma instituição voltada ao combate ao racismo e à inclusão de pessoas negras.

Além disso, a condenada também foi sentenciada a pagar uma indenização por danos morais no valor de R$ 5 mil à vítima.

Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.

Nos siga no Google Notícias