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Capital

Neste domingo choveu mais da metade do que é esperado para abril

Nadyenka Castro e Mariana Lopes | 07/04/2013 13:54
Bernardina está com a casa cheia de água desde quinta-feira. (Foto: Vanderlei Aparecido)
Bernardina está com a casa cheia de água desde quinta-feira. (Foto: Vanderlei Aparecido)
Edite e água suja: chuva e fossa. (Foto: Vanderlei Aparecido)
Edite e água suja: chuva e fossa. (Foto: Vanderlei Aparecido)

O mês de abril começou chuvoso em Mato Grosso do Sul. É água, e muita água. De acordo com o meteorologista Natalio Abrahão, até às 11 horas deste domingo havia chovido 66,4 milímetros em alguns pontos de Campo Grande, mais da metade esperada para o mês, que era de 104 milímetros. O vento chegou a 45Km/h e a temperatura caiu de 24ºC para 19ºC. No interior, a quantidade de precipitação é alta na região de Jardim, Maracaju e Sidrolândia.

Na Capital, a chuva deste domingo deixou ruas e residências alagadas em vários bairros, entre eles Jardim Tijuca, Zé Pereira e Santa Emília. Neste último, as vias pareciam rios e as casas lagoas. Uma delas a de Edite dos Santos, 25 anos.

No terreno da residência de Edite há duas casas onde moram seis adultos e três crianças. O local foi inundado no sábado e só na manhã deste domingo a jovem decidiu chamar o Corpo de Bombeiros para retirar a água porque a chuva fez também duas fossas transbordar.

Edite conta que sempre que chove forte a água entra no terreno, mas, esta foi a primeira vez que o interior das casas também alagou. Para ela, a situação ficou crítica por causa da pavimentação de algumas vias. A dela não é. “Isso deveria ter melhorado para gente, mas, piorou”, diz.

No caso de Edite, a maior preocupação é em relação às fossas, pois há crianças no local, brincando em meio à água e isso pode causar doenças.

Outra residência inundada no Santa Emília foi a de Bernardina da Costa, 41 anos. O terreno da casa está com água acumulada desde quinta-feira, mas, neste domingo, inundou. “Fazia tempo que não alagava”, fala a dona de casa que mora no bairro há 18 anos e já viu cenas parecidas.

Por causa da quantidade de água, a família de Bernardina fez um caminho com tábuas para sair da residência. De acordo com o Corpo de Bombeiros, as inundações no Santa Emília acontecem porque as casas foram construídas em nível mais baixo que o asfalto.

Conforme o meteorologista Natalio Abrahão, choveu 66,44 milímetros nas regiões do Sóter e do Jardim dos Estados. Nas proximidades do Aeroporto Internacional de Campo Grande a precipitação foi de 22,8 milímetros.

Enxurrada na Vila Nossa Senhora do Perpétuo Socoro. (Foto: Vanderlei Aparecido)
Enxurrada na Vila Nossa Senhora do Perpétuo Socoro. (Foto: Vanderlei Aparecido)
ONG ficou ilhada. (Foto: Vanderlei Aparecido)
ONG ficou ilhada. (Foto: Vanderlei Aparecido)
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