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Capital

Nova reunião segunda-feira pode definir o futuro da Santa Casa

Christiane Reis | 25/11/2016 18:11
O hospital já suspendeu cirurgias eletivas duas vezes em menos de um mês. (Foto: Rodrigo Pazinato/Arquivo)
O hospital já suspendeu cirurgias eletivas duas vezes em menos de um mês. (Foto: Rodrigo Pazinato/Arquivo)

Na próxima segunda-feira (28) uma nova reunião pode definir a situação financeira da Santa Casa para o ano que vem. No encontro, novamente intermediado pelo MPE (Ministério Público Estadual), tanto Prefeitura quanto governo do Estado devem apresentar de que forma podem contribuir para melhorar a situação do hospital e dar uma resposta sobre a proposta da Santa Casa, feita no dia 11 de novembro, em reunião também no MPE.

Na ocasião, a Santa Casa propôs a municipalização do pronto-socorro em 2017, como opção ao município, caso não seja possível reajustar o valor repassado. O hospital pediu reajuste de R$ 7 milhões por mês sobre os atuais R$ 20,2 recebidos - ou seja, o novo contrato pedido soma R$ 326,4 milhões no ano, contra os atuais R$ 242,6 milhões referentes ao acordo que vence no dia 8 de dezembro.

Na ocasião participaram da reunião o secretário-adjunto municipal de Saúde, Victor Rocha, o presidente da ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande, que gere a Santa Casa), Esacheu Nascimento, e o secretário estadual de Saúde, Nelson Tavares.

Dificuldades – A Santa Casa alega dificuldades financeiras e suspendeu novamente as cirurgias eletivas. No dia 27 de outubro, a suspensão ocorreu por atraso no repasse por parte da Prefeitura e se estendeu até o dia 7 de novembro, quando o valor de R$ 3,25 milhões foi depositado.
Esta semana a suspensão ocorreu por conta do baixo estoque de medicamentos, provocado por um deficit nas contas que chega a até R$ 3,5 milhões mensais. Desta vez a suspensão se estende também a pacientes particulares e de convênio.

Segundo o hospital, atualmente está sendo utilizada a tabela do SUS equivalente ao que era pago em 2014. Além disso, de janeiro a setembro deste ano a demanda só no pronto-socorro aumentou 41% quando comparado ao ano passado. O hospital informou ainda que são feitas em torno de 50 cirurgias eletivas por dia no hospital. Por enquanto, estarão mantidos os atendimentos de urgência e emergência.

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