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Capital

OAB suspende 4 advogados envolvidos com tráfico, contrabando e pedofilia

Até o julgamento final dos processos, os quatro suspeitos ficarão impedidos de exercerem a advocacia por 180 dias

Adriano Fernandes | 20/09/2019 21:43
Sessão do tribunal de ética e disciplina, realizada nesta sexta-feira (20). (Foto: Divulgação)
Sessão do tribunal de ética e disciplina, realizada nesta sexta-feira (20). (Foto: Divulgação)

A OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil de Mato Grosso do Sul) suspendeu por 180 dias quatro advogados envolvidos em esquema de contrabando de cigarros, tráfico de drogas e até pedofilia. A decisão foi tomada durante sessão do tribunal de ética e disciplina, realizada nesta sexta-feira (20) no plenário da instituição. 

A reportagem apurou que entre eles está a advogada Mary Stella Martins de Oliveira, que foi presa em junho, suspeita de envolvimento no sumiço de 100 quilos de cocaína de dentro do 1º DP (Distrito Policial) de Aquidauana, distante 135 quilômetros de Campo Grande.

À época até mesmo a casa da mulher foi revistada, mas nada foi encontrado. Um outro advogado também de Aquidauana, suspeito de envolvimento com o furto é o segundo suspenso.

Mary Stella é suspeita de envolvimento no furto de cocaína de delegacia. (Foto: Arquivo)
Mary Stella é suspeita de envolvimento no furto de cocaína de delegacia. (Foto: Arquivo)

O outro profissional afastado é um advogado, de 66 anos, que no mês passado foi condenado a cinco anos de prisão em regime semiaberto pela 3ª Vara da Justiça Federal após ter sido flagrado com 600 mil arquivos de pornografia com crianças, adolescentes e inclusive bebês.

O crime foi descoberto em 2017 durante a operação Luz da Infância. Na época da operação o advogado tinha 64 anos e foi preso em flagrante. Já o quarto possível profissional afastado é o advogado Emerson Guerra Carvalho, acusado de envolvimento com uma quadrilha especializada em contrabando de cigarros investigada durante a Operação War.

Morador de Mundo Novo, ele era alvo dos federais desde a primeira fase da ação, em 2018. A suspeita é de que o investigado tinha participação na organização criminosa tanto na prestação de serviços jurídicos, mas também intermediando fornecedores e compradores de cigarros. Até o julgamento final dos processos, os quatro ficarão impedidos de exercerem a advocacia por 180 dias.

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