Obra de casas populares parada após ameaça é retomada com equipe fixa da guarda
Ainda conforme a Emha, o morador que fez as ameaças foi desligado do programa
Após uma semana parada, a construção de casas populares do Loteamento Bom Retiro, na região da Vila Nasser, em Campo Grande, foi retomada na manhã desta segunda-feira (10). Nesta semana, o canteiro de obras terá uma equipe fixa da Guarda Civil Municipal.
A obra foi suspensa na última segunda-feira (3), depois de dois professores do programa Ação Casa Pronta serem ameaçados de morte por um morador, que seria ligado ao PCC (Primeiro Comando da Capital).
Conforme o comandante da Guarda, Anderson Gonzaga, serão feiras rondas ostensivas na comunidade a partir desta segunda-feira. “Durante essa semana, vamos manter a equipe fixa no local. Nós daremos todo suporte que for necessário para manter a segurança do canteiro”, garantiu. Gonzaga ainda afirmou que a Guarda estará a disposição.
A decisão foi tomada durante reunião entre os diretores-presidentes da Emha e Funsat, Enéas Netto e Cleiton Franco, o comandante da Guarda Municipal, Anderson Gonzaga, equipes que atuam no canteiro de obras e as lideranças das regiões do Bom Retiro, Vespasiano Martins, José Teruel I e II e Jardim Canguru, na última sexta-feira (7).
Além de aumentar a segurança no canteiro de obra, também foi reestabelecido o transporte coletivo cedido pelo grupo Consórcio Guaicurus e das refeições destinadas aos participantes do programa. Ainda conforme a Emha, o morador que fez as ameaças foi desligado do programa.
Ameaças
A suspensão da obra foi anunciada horas depois do registro do boletim de ocorrência. O registro policial foi feito na manhã de segunda-feira (3), na 2° Delegacia de Polícia de Campo Grande.
Segundo o boletim de ocorrência, ao avisar o morador que estava em um local indevido, o autor da ameaça ficou descontrolado e começou a berrar com o arquiteto, de 39 anos, que é professor na obra. “Eu vou te matar, estou cheio de pó na cabeça e irei explodir sua cabeça”, gritou o morador. Em seguida ele saiu do canteiro de obras.
“Por prudência eu tive que suspender, para respeitar e proteger os dois professores, profissionais envolvidos e também as pessoas de bem que poderiam sofrer as consequências dessas ameaças. Até porque registrar um boletim de ocorrência não garante que o problema seja resolvido. A primeira ameaça foi feita de manhã e depois do registro de ocorrência o morador voltou a ameaçar outro professor”, detalhou o diretor-presidente da Emha (Agência Municipal de Habitação), Eneas José de Carvalho, ao Campo Grande News na última semana.