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Capital

Operação da Polícia do RJ apreende documentos em 8 empresas da Capital

Fernando da Mata | 01/12/2011 13:01

Ação investiga esquema de lavagem de dinheiro do tráfico em MS e mais quatro estados. Beira-Mar comandava o esquema, diz Polícia

Material apreendido durante operação (Foto: João Garrigó)
Material apreendido durante operação (Foto: João Garrigó)

A Polícia Civil do Rio de Janeiro cumpriu, em Campo Grande, mandados de busca e apreensão em oito empresas, durante a ‘Operação Scriptus’, deflagrada na madrugada desta quinta-feira (1º). Porém, ninguém foi preso.

A ação investiga esquema de lavagem de dinheiro do tráfico em Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Rio de Janeiro. As oito empresas campo-grandenses investigadas são suspeitas de ligação no esquema comandado pelo traficante Luiz Fernando da Costa, o ‘Fernandinho Beira-Mar’. O criminoso está atualmente no Presídio Federal de Mossoró (RN).

Em Campo Grande, dez agentes fluminenses participaram da operação, chefiada pelo delegado da Subchefia de Operações da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Fernando Vila Pouca.

Segundo ele, os mandados de busca e apreensão foram cumpridos em agências de automóveis, locadoras de veículos e lan house. Dentre os documentos apreendidos, estão comprovantes de depósitos bancários, anotações, agendas e documentos contábeis.

De acordo com Vila Pouca, o material apreendido será encaminhado ainda nesta quinta-feira para o laboratório de lavagem de dinheiro no Rio. Após a análise, será comprovado ou não o envolvimento das pessoas e empresas investigadas.

Os agentes fluminenses contaram com o apoio de policiais do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Bancos, Assaltos e Sequestros) e Deco (Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado).

Investigação - O ponto de partida da operação foi a análise de 14 retalhos de papel pautado, com manuscritos de Beira-Mar, apreendidos há um ano durante a ocupação do Complexo do Alemão.

Além da Capital, o esquema matinha empresas com sedes em Foz do Iguaçu (PR) e Belo Horizonte (MG). O dinheiro arrecadado era depositado e fracionado em contas bancárias das empresas e seus sócios.

A conta da empresa mantida pelo traficante em Campo Grande, em apenas dois dias do mês de junho de 2010, recebeu R$ 500 mil.

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