Operação já dura 19h em busca de arma perdida por PM que fazia "bico"
Ação contou com policiais do 9º Batalhão, da 11ª Companhia, do Batalhão de Polícia Militar de Trânsito e Batalhão de Choque
Desde às 14h de ontem (22), a Polícia Militar está completamente mobilizada em busca de arma perdida de um policial militar que fazia bico na Ceasa (Central de Abastecimento de Mato Grosso do Sul). Participam homens do 9º Batalhão, da 11ª Companhia, do Batalhão de Polícia Militar de Trânsito e Batalhão de Choque.
Por volta das 3h30 da madrugada de hoje (23), uma megaoperação abordou 750 pessoas na entrada da Ceasa e parou 450 veículos que chegavam ao local. A arma do policial não foi encontrada, mas durante a fiscalização 3 homens com mandados de prisão em aberto foram presos.
Ainda não se sabe se a arma foi furtada ou perdida pelo PM, que trabalha como segurança no Ceasa, apesar desse tipo de atividade ser proibida para policiais.
A operação começou no horário de abertura da Central de Abastecimento e foi até 5h30, na portaria da Ceasa Policiais do 9º Batalhão, da 11ª Companhia, do BPMtran (Batalhão de Polícia Militar de Trânsito) e Batalhão de Choque participaram da operação.
O proprietário de um dos boxes, Hélio Garcia, 53 anos, reclamou da forma que a ação foi realizada. Por volta das 3h10, ele chegava ao local, quando foi abordado. “Tinha muito policial aqui na frente. Eles perguntaram se eu iria entrar. Respondi que sim. Então, me fizeram ir para o final de uma fila que chegava ao Terminal Nova Bahia. Só consegui entrar às 5h”, lamenta.
Ele explica que muito cliente perdeu a paciência e foi embora. A venda, que começaria às 4h, foi prejudicada. Hélio acha que a revista deveria ter sido feito dentro do Ceasa, depois que as pessoas entrassem, pois se algum suspeito estava com arma tentando entrar no local deve ter ido embora com a movimentação da PM.
“Pensa comigo, se você furtou a arma do policial e vê essa fila enorme aqui na frente, você vai ficar aqui? Claro que não. A pessoa com a arma deve ter ido embora”, argumenta outro comerciante que pediu para não ter o nome divulgado.
Outro encarregado, Ademir Ferreira da Silva, 35 anos, afirma que a operação deu muito prejuízo. “Uma hora dessa, por volta das 6h, era para estar cheio de caminhão e gente fazendo compra. Dá uma volta por aí. Você encontra pouca gente”, lamenta.
Questionado sobre a operação, o gestor do Ceasa afirma que a ação foi um pedido da administração. “Nós fomos atrás do comandante para pedir essa fiscalização em razão da quantidade de pessoas e de dinheiro que circulam por aqui diariamente. Situações que chamam atenção dos criminosos”. A central fica na Rua Antônio Rahe, no Conjunto Residencial Mata do Jacinto, localizado na saída para Cuiabá, em Campo Grande.