Ordens de soltura não chegam e presos da Lama Asfáltica continuam em cela
Na frente do Centro de Triagem, nesta manhã, ainda não há movimentação de advogados ou familiares
Treze horas depois desembargador federal Paulo Fontes, do TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região), conceder habeas corpus ao empresário João Alberto Krampe Amorim dos Santos e ao servidor da Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos), Wilson Roberto Mariano, o Beto Mariano, as ordens de soltura ainda não chegaram ao presídio. Os dois continuam no Centro de Triagem Anízio Lima, no Complexo Penitenciário, no Jardim Noroeste.
De acordo com o advogado Valeriano Fontoura, que representa Beto Mariano, os alvarás têm de ser enviados de São Paulo para Justiça Federal de Campo Grande e não há prazo para o trâmite acontecer.
Na frente do Centro de Triagem, nesta manhã, ainda não há movimentação de advogados ou familiares. A imprensa já está a postos aguardando a saída dos presos da Operação Lama Asfáltica.
No início desta manhã, apenas uma saída foi registrada, a do ex-prefeito de Aquidauana, Raul Freixes, preso desde o dia 11 de março. De chinelo, calça jeans e camiseta, ele deixou o Centro de Triagem em viatura do sistema penitenciário estadual.
Policial militar da escolta só informou ao Campo Grande News que o preso saiu, mas volta. Nestes casos, as saídas acontecem para audiências ou atendimento de saúde.
Habeas corpus – O habeas corpus saiu 384 dias depois de Amorim, proprietário da Proteco Construções, e de Mariano serem presos ao lado do ex-secretário de Obras Públicas e Transportes, Edson Giroto, e do empresário Flávio Scrocchio, por determinação do STF (Supremo Tribunal Federal).
A decisão de Fontes foi expedida por volta das 19h (de MS), acatando a pedidos feitos pelas defesas –os advogados Valeriano Fontoura, por Beto e Mariane, e o escritório de Alexandre Zacarias Toron, representando Amorim.
Em relação à Giroto, há um pedido de habeas corpus impetrado no STJ (Superior Tribunal de Justiça). Diferente de Beto Mariano e Amorim, que cumpriam prisões preventivas no corpo da Operação Lama Asfáltica, o ex-secretário já foi alvo de condenação da 3ª Vara Federal de Campo Grande –envolvendo fraudes na compra de uma fazenda, que teria usado “laranjas” para ocultação de bens.