ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, TERÇA  05    CAMPO GRANDE 23º

Capital

Pacientes aguardam mais de 3 horas para fazer teste de covid-19 na Capital

Calçada em frente ao centro de triagem, a rampa de acesso e as escadas do prédio se tornaram ponto de espera

Geisy Garnes e Ana Beatriz Rodrigues | 04/01/2022 14:49
Centro de triagem estava lotado na tarde desta terça-feira. (Foto: Paulo Francis)
Centro de triagem estava lotado na tarde desta terça-feira. (Foto: Paulo Francis)

O número de pessoas reunidas em frente ao centro de testagem, no Centro de Campo Grande, é apenas um reflexo da alta demanda por testes de covid-19 na Capital. Na tarde desta terça-feira (4), pacientes sintomáticos ou que tiveram contato com infectados disputavam espaço para esperar a vez de ser atendido.

A calçada embaixo da sombra de uma árvore em frente ao centro de triagem, a rampa de acesso e as escadas do prédio se tornaram lugar de “apoio” para quem decidiu fazer o teste para covid-19 nesta tarde. Depois de receber a senha, o único jeito era esperar. Alguns pacientes, mesmo com sintomas como febre e dor no corpo, aguardavam atendimento por mais de 3 horas.

Pacientes sentados na calçada aguardam ser chamados. (Foto: Paulo Francis)
Pacientes sentados na calçada aguardam ser chamados. (Foto: Paulo Francis)

É o caso da estudante de Jornalismo Renata Galliano, de 24 anos. Há quatro dias, começou a sentir os primeiros sintomas da doença. Com febre, tosse e dor no corpo, decidiu procurar atendimento na UBS (Unidade Básica de Saúde) Vila Carlota. Lá, foi orientada pelo médico a procurar o centro de triagem.

“Fiz o teste rápido e deu negativo. Como fui vacinada, o médico me falou para vir aqui que, às vezes, o teste rápido não funciona”, explicou. Renata pegou a senha para atendimento às 9h30, três horas depois, ainda não havia sido chamada. Uma servidora pública, de 46 anos, passava pela mesma situação. Com sintomas há dois dias, esperava entre os outros para fazer o teste.

Sentada no chão, tamanha a dor que sente no corpo, a estudante de 22 anos conta que primeiro procurou a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Vila Almeida e foi orientada a ir ao centro de triagem por “ser mais rápido”. Chegou às 10 horas e até às 13h30, não estava nem perto de ser atendida.

Em uma hora, 300 senhas foram distribuídas na unidade. Nas últimas semanas, conforme a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública), o índice diário chegou a 300 diagnósticos a cada 24 horas. O local, que fica em frente à Praça do Rádio, fica aberto diariamente das 7h30 às 17h30 e não precisa de agendamento.

Pessoas esperam por atendimento na sombra. (Foto: Paulo Francis)
Pessoas esperam por atendimento na sombra. (Foto: Paulo Francis)

Tipos de teste - Atualmente, os principais exames realizados no País são o RT-PCR e o de antígeno, ambos que coletam a secreção nasal do paciente. Ainda que semelhantes fisicamente, o primeiro demora mais tempo para ficar pronto, mas tem uma taxa de acerto beirando os 100% e traz informações relevantes sobre tipo de variante que acometeu o indivíduo.

As coletas são analisadas no Lacen (Laboratório Central de Saúde Pública) de Mato Grosso do Sul, na Vila Ipiranga, em Campo Grande, e, passados alguns dias, o resultado fica pronto.

O segundo tipo de teste, o de antígeno, indica apenas se houve a confirmação ou não, com índice de eficácia reduzido, mas fica pronto em apenas 15 minutos. Atualmente, um dos principais pontos de diagnóstico que utiliza esta metodologia é o da UCDB.

Nos siga no Google Notícias