Pacientes do interior eram 63% em UTIs na Capital no início do mês
Relatório feito no período de 5 a 11 de junho será encaminhado para o Ministério Público
Auditoria realizada entre os dias 5 e 11 de junho mostrou que a maior parcela de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) em Campo Grande era de pacientes do interior, mesmo período em que a Capital foi classificada na bandeira cinza do Prosseguir ((Programa de Saúde e Segurança na Economia).
Conforme o relatório, nos dias da auditoria, 151 leitos de UTI do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul eram ocupados por pacientes de outras cidades, entre eles seis eram do Rio Grande do Norte e sete do Rio Grande do Sul. As cidades do interior do Estado que mais ocuparam vagas foram Ribas do Rio Pardo (17), Camapuã (14), Corumbá (14), Maracaju (14) e São Gabriel do Oeste (14).
Já na Santa Casa, 214 diários foram utilizadas por pacientes vindos de outras cidades de MS, além dos estados de São Paulo, Rondônia e Rio de Janeiro.
A ocupação por esses pacientes chegou a 63% no hospital na data da auditoria. Só de Rio Verde de Mato Grosso foram 20 pacientes enviados para a Capital.
Para o prefeito Marquinhos Trad (PSD), o relatório agora será enviado para o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) para avaliação e ciência dos fatos.
Exatamente na data problema com o Prosseguir, a Santa Casa chegou a 63% dos pacientes com endereços fora de Campo Grande. Vamos encaminhar ao Ministério Público e notificar o Estado para avaliação e ciência dos fatos que possam estar levando ao aumento da ocupação de leitos na Capital ”, disse Marquinhos.
Além disso, o documento também mostra que a ocupação de leitos de UTI não covid entre os dias 8 e 10 de junho por pacientes de outras cidades estava em 55,6%, ou seja, mais da metade das UTIs da Capital.