Papai Noel chega mais cedo e leva alegria para as crianças da Apae
Outras 3 mil cartinhas esperam para ser apadrinhadas na "Campanha Papai Noel dos Correios"
O Papai Noel chegou mais cedo para 270 crianças atendidas pela Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) de Campo Grande. Entre brinquedos, roupas e até instrumentos musicais, os alunos receberam os presentes que pediram nas cartinhas dos Correios na tarde desta quinta-feira (8).
O aluno Gabriel Ferres, de 13 anos, deu pulos de alegrias ao receber um violão. A mãe dele, Ana Derge, 45, disse que ele tem dificuldades na fala e não conseguiu escrever sozinho a cartinha, foi ideia da professora pedir o instrumento musical.
"Ele ama música, fica muito empolgado quando ouve, então ela sentiu que ele ia gostar. Ele ainda não toca nada, mas canta o dia inteiro e aqui na escola tem a banda, então eu to adorando. Quem sabe no futuro ele está ali (na banda)", comemorou.
A coordenadora do Clube de Mães da Apae, Maria de Souza Ferreira, 54, se emocionou ao falar da felicidade que a filha, Ana Julia Ferreira, de 12 anos, sentiu ao ganhar uma boneca.
"Ela me falou 'mamãe eu pedi um brinquedo', e aí ela ganhou a boneca. Eu fico emocionada porque, para nós que tem filho com deficiência, não é fácil, a gente sempre mata dois leões por dia e quando eles recebem presente aqui é diferente de quando recebe em casa, ficam mais felizes", disse.
A professora Mirian Monteiro, 40, ficou surpresa ao constatar que o "Papai Noel" atendeu exatamente ao pedido do filho, Arthur Monteiro, de 4 anos. "Ele escreveu que queria um caminhãozão, e realmente veio um enorme, não sabia que ia chegar um tão grande. Ele fica mais animado com os presentes que recebe aqui porque está toda a turma dele né, vê as outras crianças receberem também, é muito bom", relatou.
Na Apae, o Papai Noel foi o grupo "Mulheres que Indicam", que apadrinharam os pedidos dos alunos atendidos na instituição. A presidente do projeto, Silvia Benites, explicou que são mais de 160 mulheres que são parceiras dos Correios há cinco anos.
"É muito amor envolvido, é muita emoção, porque a hora que você abre a carta você sente a criança. Quando é escrita com o próprio punho da criança, a gente sente a diferença, eles falam 'Papai Noel, eu quero uma bicicleta, mas se você puder, só se você puder, senão pode ser uma boneca mesmo'", ressaltou.
Silvia explicou que as crianças costumam pedir de tudo, maquiagem, brinquedo, bola, mas às vezes chegam cartinhas especiais que comovem os padrinhos. "No decorrer dos anos, já teve carta pedindo emprego para o pai, pedindo cesta básica. Eles pedem geralmente ou uma bola, ou um caminhãozão, a gente sempre dá os dois, ou dá o melhor, não fica ninguém sem presente", completou.
Cartinhas - O projeto dos Correios recebeu mais de 8 mil cartinhas neste ano. São 21 instituições parceiras, mas a população em geral também pode apadrinhar os pedidos das crianças de todo o Estado.
Os prazos para o apadrinhamento foram prorrogados até 16 de dezembro. São 3.500 pedidos que estão à espera para serem realizados por um Papai Noel de plantão.
É possível adotar pela internet, no blog da campanha, mas é preciso entregar o presente pessoalmente em uma agência dos Correios credenciada, disponíveis na aba "Pontos de adoção/entrega".