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Capital

Para agilizar doações ao RS, dica é organizar itens antes da entrega

Separar peças masculinas, femininas e infantis faz toda a diferença na linha de frente

Por Kamila Alcântara e Fernanda Palheta | 07/05/2024 17:40
Voluntária separa peças de roupas para doação (Foto: Osmar Daniel)
Voluntária separa peças de roupas para doação (Foto: Osmar Daniel)

Mais de 150 voluntários se empenham na melhor forma de separar todas as doações que estão chegando no CTG (Centro de Tradições Gaúchas) Tropeiros da Querência, no bairro Vilas Boas em Campo Grande, que vão para as vítimas das enchentes do Rio Grande do Sul. Para agilizar o trabalho, a recomendação é que as roupas doadas sejam categorizadas por gênero, tamanhos e até estação.

O galpão, em que muito se cantou o “Fundo da Grota”, agora parece um alojamento de guerra, com fardos de alimentos não perecíveis, rações e água mineral. Na porta, toda sacola de roupa que chega é aberta e separada, tipo uma triagem, pois é preciso atender vítimas de diferentes idades e tamanhos.

“A categorização de roupa feminina, masculina, de adulto e infantil diminui o que vem sendo o nosso maior trabalho, que é a triagem dessas peças. Isso demanda muito tempo, que poderia ser melhor aproveitado por todos os voluntários daqui”, destaca um dos organizadores da ação, João Melo.

Voluntárias fazem a triagem das peças que chegam ao CTG (Foto: Juliano Almeida)
Voluntárias fazem a triagem das peças que chegam ao CTG (Foto: Juliano Almeida)

Nacionalmente, equipes de voluntários recomendam que não sejam doados sapatos de salto, que os pares de calçados sejam amarrados para que não se percam. Uma sugestão é que as roupas sejam colocadas apenas em sacolas diferentes e, com um canetão, escrito do que se trata.

“As doações estão sendo essenciais e muito relevantes, mas é melhor que tudo já seja doado ajeitado, separados por tamanhos e gênero, os sapatos amarrados para que os pares não se percam", reforça Mário Cavinatto, presidente do CTG.

Samira Neves, de 20 anos, já trabalhou em brechós e tem familiaridade na separação das peças de roupa. Ela pede mais sensibilidade com as doações, para que as pessoas entendam que as vítimas perderam tudo e não merecem receber roupas com características de descarte.

“Recebemos roupas sujas e cheirando mal. Eram peças boas, mas como alguém sem máquina ou condições vai lavar uma roupa que chega suja? Sem contar as manchadas e rasgadas. Essa sensibilidade é importante para que atenda quem está tão vulnerável”, explica Samira.

Samira quis empregar a experiência com roupas usadas no processo de triagem das doações (Foto: Juliano Almeida)
Samira quis empregar a experiência com roupas usadas no processo de triagem das doações (Foto: Juliano Almeida)

Para as pessoas que podem ajudar com doações, o CTG Tropeiros da Querência fica na Rua Miguel Sutil, 445, no bairro Vilas Boas. O atendimento está sendo até no período noturno e o telefone para contato é o (67) 99866-8817. Doações são louváveis, mas categorização agiliza a chegada até quem precisa.

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