Para combater preconceito, passeata da visibilidade à Síndrome de Down
Cerca de duas mil pessoas percorreram as ruas do centro de Campo Grande
Para combater o preconceito e conscientizar a população, cerca de duas mil pessoas participaram na manhã desta terça-feira (21) da VI Caminhada da Síndrome de Down. O evento percorreu as principais ruas de Campo Grande buscou levar informação à quem passava.
Hoje é celebrado o Dia Internacional da Síndrome de Down e os alunos da escola Juliano Varela, todos com Down, fizeram apresentações musicais, de roda de capoeira e demais atividades.
Eles saíram da Praça Ary Coelho, pela Rua 14 de Julho, subiram a Rua Barão do Rio Branco, viraram na Rua Pedro Celestino e desceram a Avenida Afonso Pena, de volta ao local de partida.
A assistente social da escola, Janaína dos Santos, de 30 anos, destacou que os alunos se preparam durante um ano para as apresentações e eles mesmo se mobilizam para que o evento saía perfeito.
"É uma caminhada para mostrar um mundo sem preconceito. Queremos seguir a risca o nosso lema de usar o olhar de maneira diferenciada. Aqui queremos mostrar que essas pessoa vivem uma vida comum como todos nós", destacou.
Os alunos ficam ansiosos e convidam familiares para participar. Quem tem um familiar ou amigo com a síndrome sabe dos problemas enfrentados. A dona de casa, Valéria Mesquita, 54 anos, tem um filho de 17 anos com down.
"Esse tipo de evento coroa toda tentativa de nós, pais, de mostrarmos à eles que tem uma vida comum, apesar de serem discriminados pela aparência. A maior dificuldade é lidar com o preconceito e com pessoas que olham de maneira diferente", relata.
O prefeito Marquinhos Trad (PSD) também participou da caminhada e ressaltou que todos devem lutar contra o preconceito. "É uma luta contra o preconceito que tem meu total apoio. Se mundo tivesse a pureza dessas crianças seriam um lugar muito melhor, são pessoas muito especiais. São mais saudáveis do que nós que não achamos que são aptos para a sociedade", disse.
