ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, SEXTA  22    CAMPO GRANDE 24º

Capital

Pen drive de guarda flagrado com arsenal tinha dossiê sobre fazendeiro

Ele está preso na penitenciária federal de Campo Grande, mas deve ser transferido para o presídio de Mossoró

Aline dos Santos | 06/07/2019 17:18
Marcelo Rios (ao fundo)  está preso desde 19 de maio, quando foi flagrado com arsenal. (Foto: Henrique Kawaminami)
Marcelo Rios (ao fundo) está preso desde 19 de maio, quando foi flagrado com arsenal. (Foto: Henrique Kawaminami)

A perícia no pen drive apreendido com o guarda municipal Marcelo Rios, flagrado com um arsenal no dia 19 de maio, revelou arquivos com devassa sobre a vida de um fazendeiro da região de Bonito. Imagens mostram pesquisa por meio de consulta ao Renach (Registro Nacional de Carteira de Habilitação), Receita Federal e Sinic (Sistema de Informações Criminais).

O laudo do Instituto de Criminalística foi anexado ao processo em que Rios é réu pela posse de arsenal e adulteração de veículo roubado. Atualmente, ele está preso na penitenciária federal de Campo Grande, mas deve ser transferido para o presídio federal de Mossoró (Rio Grande do Norte).

Ao denunciar o guarda à Justiça pela posse as armas, o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), braço do MP/MS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), apontou que "não passa despercebido que várias das execuções ocorridas recentemente em Campo Grande foram perpetradas com fuzis calibre .762, que é uns dos apreendidos em poder do denunciado".

Foram três mortes com fuzil AK47: Ilson Martins de Figueiredo (policial militar reformado e então chefe da segurança da Assembleia Legislativa), Orlando da Silva Fernandes (ex-segurança do narcotraficante Jorge Rafaat) e universitário Matheus Coutinho Xavier (a suspeita é de que o alvo fosse seu pai, um policial militar reformado).

Pen drive apreendido com guarda passou por perícia no Instituto de Criminalística. (Foto: Reprodução)
Pen drive apreendido com guarda passou por perícia no Instituto de Criminalística. (Foto: Reprodução)

O armamento e as munições foram remetidos à Polícia Federal para exames de eficiência, coleta de material genético, levantamento de impressão papiloscópica e confronto com os estojos e projéteis recolhidos nos locais das execuções.

O levantamento técnico inclui busca por material genético (suor, cabelo) em todas as armas, munições, bandoleiras (faixa transversal que segura o fuzil), mochila e bolsas táticas apreendidas. O material foi enviado pelo Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros), que lidera força-tarefa criada pela Polícia Civil para apurar as execuções.

Dias após a prisão de Marcelo Rios, mais dois guardas municipais, que também eram seguranças do empresário, foram presos por ameaça a testemunhas. Os dois guardas já estão em liberdade, mas foram afastados da função.

Nos siga no Google Notícias