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Capital

PM condenado a 7 anos por contrabando vai para a reserva remunerada

Luiz Carlos foi preso no dia 17 de novembro de 2020, com mais de R$ 120 mil em produtos contrabandeados

Geisy Garnes | 12/01/2022 14:09
O tenente-coronel foi preso por contrabando em novembro de 2020. (Foto: Arquivo)
O tenente-coronel foi preso por contrabando em novembro de 2020. (Foto: Arquivo)

Condenado a 7 anos de prisão por contrabando, o tenente-coronel Luiz Carlos Rodrigues Carneiro passa a fazer parte da reserva remunerada da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul. A decisão foi publicada no Diário Oficial do Estado nesta quarta-feira (12). Com isso, o militar mantém um salário de R$ 23 mil, mesmo com pena para cumprir pelo crime.

Na publicação, assinada pelo diretor- presidente da Agência de Previdência Social de Mato Grosso do Sul, Jorge Oliveira Martins, o tenente-coronel é transferido para a reserva remunerada “a pedido”.

Essa é a segunda movimentação de Luiz Carlos dentro da Polícia Militar neste mês. No dia 7 de janeiro, foi retirado do quadro de servidores da diretoria de gestão do Presídio Militar Estadual, para fazer parte da ajudância-geral, ambos dentro do comando-geral da corporação.

Com a transferência, o tenente-coronel continua a receber salário, mesmo afastado da função e condenado por contrabando. Segundo o Portal da Transparência de Mato Grosso do Sul, o militar recebe mensalmente mais de R$ 23 mil.

Luiz Carlos foi preso no dia 17 de novembro de 2020, com mais de R$ 120 mil em produtos contrabandeados, em Ponta Porã, e teve a prisão preventiva decretada após passar por audiência de custódia em Campo Grande. Em dezembro, ganhou o direito da prisão domiciliar após testar positivo para a covid-19.

O tenente-coronel da PM estava em uma estrada vicinal, que liga o assentamento Itamarati à BR-463, quando foi flagrado. O militar era passageiro do Renault Sandero, conduzido por Felipe Hércules Alves Ferreira, de 27 anos.

Dentro do veículo, havia 30 celulares Ipro Opal, pacotes de cabos de internet e 400 cigarros eletrônicos. Em depoimento, o PM contou que pegou carona até o assentamento, onde encontraria o ex-sogro e disse que não sabia que o motorista estava transportando produtos contrabandeados, mas foi desmentido pelo comparsa.

Em abril do ano passado, Carneiro foi condenado a três anos de prisão por posse ilegal de arma de uso restrito, resultado da Operação Oiketicus, da qual é alvo, mas recorreu da decisão e continuou trabalhando normalmente. Em julho, foi condenado a 7 anos de prisão em regime fechado pelo contrabando.

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