Polícia pede apreensão de camionete que bateu em táxi e matou um
Acidente na avenida Afonso Pena matou uma pessoa e deixou dois feridos
Encerrado o inquérito que apurou a morte de José Pedro Alves da Silva Júnior, 22 anos, o passageiro do táxi atingido em uma batida pela caminhonete Mistubishi L-200, a Polícia pediu a manutenção da prisão preventiva do motorista, Diogo Machado Teixeira, 36 anos e a busca e apreensão da caminhonete que ele dirigia.
O administrador de fazendas, que segue preso na Derf (Delegacia Especializada na Repressão de Roubos e Furtos), vai responder pelos quatro crimes que o Campo Grande News já havia informado, homicídio doloso, duas tentativas de homicídio contra os demais ocupantes do táxi e dirigir embriagado. Já que o teste do bafômetro constatou 0,59 mg/l e ele admitiu ter bebido.
A caminhonete de Diogo está no pátio do Detran desde o dia do acidente. Ela passou por perícia na madrugada do dia 11 de fevereiro e como nenhum familiar do administrador compareceu ao local da morte de José Pedro, o veículo foi encaminhado para o local.
O advogado de defesa, Renê Siufi, informou que aguarda o resultado dos laudos da perícia para entrar com o pedido de Habeas Corpus. A defesa de Diogo entrou com pedido de liberdade provisória que foi negado por duas vezes.
Ao Campo Grande News, Renê Siufi disse que vai tentar acesso ao inquérito hoje e que o mais importante são os laudos da perícia. “Pelo que eles vão dizer, se o sinal estava aberto, fechado, se ele vinha correndo, qual a velocidade do táxi. Isso só a perícia vai dizer”, enfatizou Siufi.
A defesa afirmou que prestou todo auxílio às vítimas do acidente, arcando com as despesas do translado do corpo de José Pedro e pagando indenização para o proprietário do Siena branco, o táxi que era dirigido por Sebastião Mendes da Rocha, 51 anos, que segue internado na Santa Casa.
Sobre o outro passageiro do veículo, Ramon Rudney Tenório Souza e Silva, 21 anos, o advogado manifestou que a família de Diogo tentou contato para auxiliar com as despesas, mas que não conseguiu falar com a mãe do rapaz. “Tentamos falar com ela várias vezes, mas ela não atendeu ao celular e não deu retorno. Não foi por falta de tentar”, disse.
A Polícia pediu a manutenção da prisão de Diogo argumentando que a situação de beber e dirigir é inaceitável. “Diante da divulgação da mídia, não é aceitável que dirigir embriagado e causar acidente se torne recorrente na Capital, em que pessoas irresponsáveis ingiram bebida alcoólica e saiam conduzindo veículo sem medir as consequências e pela repercussão da mídia, isso não é aceitável que fique impune”, sustentou o delegado responsável pelo caso, Wellington de Oliveira.
A defesa afirmou que vai trabalhar para retirar as duas acusações de tentativa de homicídio, alegando que Diogo não tinha a intenção de matar e que deve entrar com o pedido da habeas corpus ou de reconsideração ao juiz até o final da semana. As imagens gravadas pela câmera de segurança de uma lanchonete também terão atenção especial da defesa.
O motorista do táxi, Sebastião da Rocha Mendes continua internado na UTI da Santa Casa, ele se recupera de uma parada cardíaca que sofreu no final de semana e continua sedado. Segundo familiares, ontem ele passou minutos acordado, mas voltou a ser sedado e passa por diálise. Ramon Rudney já teve alta.