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Capital

Polícia sai para prender traficante e descobre contrabando de cigarro

Dois homens, um deles já alvo das investigações, foram presos em flagrante com o produto

Geisy Garnes | 19/10/2021 09:41
Após o flagrante, os presos foram levados para a Denar. (Foto: Henrique Kawaminami)
Após o flagrante, os presos foram levados para a Denar. (Foto: Henrique Kawaminami)

Durante ações de combate ao tráfico de cocaína em Campo Grande, nesta segunda-feira (18), policiais da Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico) prenderam ainda dois homens com pacotes de cigarro contrabandeado do Paraguai. Um dos suspeitos já era alvo da Operação Ouro Branco e tinha mandado de prisão preventiva em seu nome.

Nas primeiras horas do dia, os investigadores da delegacia especializada foram à casa do piscineiro Carlos Eduardo da Silva Leite, de 40 anos, para realizar buscas e cumprir contra ele mandado de prisão.

Quando chegaram ao endereço da Rua Dolores Duran, no Residencial José Otávio Guizzo, no Jardim Campo Alto, encontraram 110 pacotes de cigarro de fabricação paraguaia escondidos em carretinha acoplada a uma motocicleta Honda CG Fan. Um segundo homem que estava no local assumiu ser dono da carga: Raimundo Nonato Pereira Rodrigues, de 44 anos.

Com Raimundo, os policiais ainda encontraram mais de R$ 4 mil, que ele confessou ser resultado da venda do cigarro contrabandeado. Em depoimento, explicou que trabalha como entregador, mas há dois meses, devido a dificuldades financeiras, aceitou vender os produtos vindos do Paraguai.

Revelou também que comprava a caixa de cigarro, com 500 maços cada, por R$ 1,1 mil e revendia R$ 1,2 mil. Contou ainda que pegava o produto de um conhecido que viajava até o país vizinho para buscar as caixas. Após a confissão, Raimundo pagou fiança de R$ 5.962,00 e foi liberado.

Já Carlos alegou que apenas “abrigava” o amigo de infância há dois dias, porque ele brigou com a esposa. Negou qualquer envolvimento com a venda do produto contrabandeado, versão que foi confirmada por Raimundo, no entanto, como tinha em seu nome mandado de prisão em virtude à operação, foi levado para a cadeia.

A participação de Carlos no esquema investigado pela Denar não foi divulgado. Na audiência de custódia, ele se identificou como piscineiro e defendeu ter uma renda mensal de R$ 4 mil.

Segundo a polícia, 16 envolvidos no tráfico de cocaína foram alvos de mandado de prisão preventiva da operação realizada pela delegacia especializada. Entre os presos, Luciano de Souza Barbosa, o “Pequinês”, um casal e três pessoas da mesma família: mãe, pai (conhecido como Playboy) e filha. As equipes ainda visitaram 64 endereços ligados aos investigados.

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