Policiais foram presos por crime de corrupção passiva, diz nota da PM
Suspeitos de cobrar propina de R$ 150 mil, sargento e cabo serão encaminhados ao Presídio Militar Estadual
A PM (Polícia Militar) divulgou nota sobre as prisões do sargento Alex Duarte de Aguir, 38 anos, e do cabo Rafael Marques da Costa, 28 anos. Sem citar nomes, a polícia informa que ambos foram presos por crime de corrupção passiva, que o flagrante foi finalizado pela Corregedoria da Corporação e que eles serão encaminhados ao Presídio Militar Estadual.
A prisão foi às 20h de ontem (dia primeiro), na avenida Dr. Gunter Hans, quando foi confirmada a denúncia de que dois policiais militares estariam próximos a um motorista e do caminhão para, em tese, exigir dinheiro e liberar o veículo. Ainda conforme a nota, o motorista do caminhão foi preso e o veículo com contrabando de cigarro foi apreendido.
Segundo o Boletim de Ocorrência, equipes policiais – Rotac (Rondas Ostensivas de Ações de Choque) e Rocam ( Rondas Ostensivas com Apoio de Motos) – foram acionadas pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) após informação de que o motorista estava com policiais, que exigiam R$ 150 mil para liberar o caminhão-baú.
O veículo foi localizado na rua Verdes Mares, esquina com a avenida Gunter Hans, no bairro Tarumã. Próximo ao local, havia um veículo Honda Civic. Foi repassado a informação de que o dinheiro seria entregue por Fábio Garcete, que figura como testemunha no registro policial, no posto Tarumã.
No posto, equipes do Gaeco observaram que o Honda se aproximou de Garcete. Em seguida, foram abordados o Honda e uma motocicleta, que ladeava o carro. A ação foi perto do posto de combustíveis e próximo ao caminhão. No Honda Civic, estava o sargento, enquanto o cabo conduzia a moto. O documento do caminhão foi encontrado no carro do sargento Aguir. Uma nota fiscal e um documento de arrecadação estadual em nome de empresa de alimentos foram localizados no bolso do cabo Rafael.
Em seguida, Fábio e o motorista Rogério Fernandes Mesquita reconheceram Aguir como o policial que exigiu e pegou o dinheiro. O motorista do caminhão ainda reconheceu o cabo como companheiro do sargento e relatou ser dono de um dos celulares encontrado com Aguir.
O Campo Grande News apurou que houve pagamento de R$ 30 mil, com cédulas marcadas. O dinheiro estaria com o Gaeco. O Boletim de Ocorrência não informa a apreensão do montante. O documento cita apenas a apreensão de R$ 2, um dólar e cinco mil guaranis.
Na manhã deste sábado, o caminhão foi levado para a superintendência da PF (Polícia Federal) e o delegado José Otacílio Della-Pace Alves ouviu os envolvidos. A informação repassada à imprensa é de que a investigação está sob sigilo.