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Capital

Policial aposentado persegue ex, bate em médico e xinga enfermeiro

PM foi atrás da vítima no posto e ao ser informado de que a ex não estava passou agredir os servidores

Viviane Oliveira e Bruna Marques | 07/04/2021 11:58
Delegada Fernanda Piovano que atendeu a ocorrência na tarde de ontem (Foto: Henrique Kawaminami)
Delegada Fernanda Piovano que atendeu a ocorrência na tarde de ontem (Foto: Henrique Kawaminami)

Policial militar aposentado de 58 anos vai responder por crime de stalking por perseguir a ex-mulher de 36 anos. Ontem, por volta das 13h, o suspeito foi até o trabalho da vítima em um posto de saúde, agrediu o médico da unidade e xingou o enfermeiro. O caso aconteceu no Jardim Aeroporto, em Campo Grande.

Conforme a delegada da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), Fernanda Piovano, o casal se relacionou durante dois anos, tem um filho de 11 meses e estão separados desde do dia 2 deste mês. Desde então, conforme a vítima, o ex passou a persegui-la mandando mensagem, ligando e indo atrás dela no trabalho.

Ontem, o policial foi atrás da vítima no trabalho e ao ser informado por um dos profissionais que a vítima não estava, ficou transtornado, agrediu o médico e xingou os outros servidores. Ao ficar sabendo o que havia acontecido, a vítima foi à delegacia registar boletim de ocorrência e solicitar medida protetiva. Ela disse que um dos motivos da briga com o ex é porque ele insiste em passear com o filho, mas ela não deixa pelo fato de o PM consumir bebida alcoólica constantemente. O fato segue sob investigação da Deam.

 A lei que torna a prática de stalking crime passou a valer na última quinta-feira, dia 1º de abril, e até a manhã da última segunda-feira (5) quatro casos haviam sido registrados na Capital. A pena varia de 6 meses a dois anos de detenção e multa, mas se for comprovado que o crime foi cometido contra uma mulher, por razões da condição do sexo feminino, a pena pode aumentar para nove meses a três anos de prisão.

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