Por enquanto, sequestro de filho de Fahd Jamil está descartado, diz Polícia
Daniel Alvarez Georges, 44 anos, está desaparecido desde o dia 03 de maio deste ano, quando foi visto pela última vez nas proximidades do Shopping Campo Grande. Ele é filho do empresário Fahd Jamil Georges, conhecido como “Rei da Fronteira”.
Hoje, o responsável pela Delegacia de Repressão aos Crimes de Homicídio, Edilson Oliveira, descartou, por enquanto, a hipótese de sequestro, já que nenhum contato de pedido de resgate foi feito a família.
O boletim de ocorrência foi feito pela família de Daniel oito dias após o desaparecimento. Eles informaram que ele havia sido visto pela última vez no shopping, mas durante as investigações, a polícia constatou que ele foi se encontrar com alguém nas proximidades do prédio, mas não chegou a entrar.
Ainda não há pista de quem seja essa pessoa que marcou o encontro com Daniel, nem se havia mais alguém junto.
Quatro pessoas da família prestaram depoimento, mas não ouve avanço. A Polícia continua investigando o caso.
Tráfico- Na fronteira entre Ponta Porã e o Paraguai, a família de Jamil está ligada a denúncias de tráfico e crime financeiro. Daniel estava em liberdade desde 29 de março deste ano, quando teve a prisão relaxada pela justiça paulista por excesso de prazo.
Ele foi preso em agosto do ano passado em São Paulo pela Denarc (Departamento de Investigações Sobre Narcóticos), após combinar encontro no Shopping Iguatemi. No caso de relaxamento da prisão, o réu deve informa a justiça mudança de endereço e pedir autorização para viagens fora do país.
Ligações- Em 2002, Daniel Georges foi preso por tráfico de drogas ao desembarcar no Aeroporto Internacional de São Paulo, vindo da Colômbia. Conforme reportagem do site do jornal O Estado de São Paulo, ele detalhou à polícia que a a cocaína vendida pelas Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) vinha de avião até Mato Grosso do Sul. Deixada em pistas de fazendas, a droga era é embarcada em caminhões para São Paulo e depois mandada para o exterior.
Os telefonemas gravados pela polícia com autorização da justiça revelavam negócios do traficante com Fernandinho Beira-Mar e ligações com espanhóis, italianos, colombianos e porto-riquenhos moradores em Madri, na Sicília (Itália) e nos Estados Unidos. Na ocasião, Daniel disse aos investigadores que quando há necessidade de discutir pessoalmente os negócios prefere os lugares movimentados.
Pai- Conhecido como o “Padrinho do Paraguai”, Fahd Jamil foi condenado em 2005 a 20 anos de prisão por tráfico de drogas. O empresário nem chegou a ser preso e quatro anos depois foi absolvido pelo TRF3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região). Em abril deste ano, o TRF manteve condenação por crime contra o sistema financeiro e determinou pena de 10 anos e seis meses de prisão. Ele é foragido.