Por vacina no braço e comida no prato, manifestantes protestam contra Bolsonaro
A manifestação é acompanhada pela Polícia Militar e também de trânsito
As ruas do Centro da cidade foram tomadas por manifestantes que pedem a saída do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), "vacina no braço e comida no prato". A concentração para o protesto começou às 9h da manhã na Praça do Rádio e de lá, o público seguiu pela Avenida Afonso Pena até a Rua 14 de Julho, para voltar pela Barão do Rio Branco, em direção à praça.
A manifestação é acompanhada pela Polícia Militar e também de trânsito. Os militares calculam pelo menos 200 manifestantes. Separados em três fileiras e com distanciamento, os participantes seguem de máscara e usando álcool em gel. Nas mãos, bandeiras e faixas, além de performances usando a arte como instrumento para a reflexão.
Um ator que preferiu não se identificar trouxe o conto de João do Rio para a vida real. Vestido de "Homem de Papelão", ele pedia pela saída do presidente antes que Bolsonaro termine o mandato.
"O cara é um genocida. Um neofascista. As pessoas precisam saber que nem todo mundo é a favor deste governo, e não tem problema você ser contra. Porque ele é um genocida, não assassina diretamente, mas colabora com as mortes", explicou.
Estudante de Odontologia, Isadora Nunes, de 23 anos, estava paramentada com as roupas que antes eram só vistas em filmes de ficção. Integrante do grupo Coli$ão, de performances, Isadora levou para a rua o protesto contra o agronegócio. A ideia veio do coletivo para relembrar o uso de agrotóxicos.
"Essa galera fica colocando veneno e isso vai para o nosso prato. As mortes estão em grande crescimento, e o governo não liga para nenhuma pessoa. Ele está destruindo o Brasil e a nossa vegetação", provoca.
Atriz e produtora cultural, Estefania Martins, de 40 anos, estava vestida de "Agronegócio Copa América, artistas pelo Impeachment". Na fala dela, o Governo Federal já matou 500 mil pessoas e Bolsonaro é o culpado por não termos vacina.
"Ele é genocida do povo negro, dos indígenas, Bolsonaro e todo o bando dele é fascista. Querem acabar com o pobre, a saúde e a educação. Estamos aqui reivindicando o nosso direito. Temos direito de comida no prato, o povo está passando fome. Chega!", declarou.