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Capital

Universitários distribuem máscaras em protesto contra Bolsonaro na Costa e Silva

Com cartazes, camisetas e gritos de ordem, estudantes em sua maioria e jovens pedem pela saída do presidente

Paula Maciulevicius Brasil e Bruna Marques | 29/05/2021 10:42


A manifestação contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que acontece em todo País teve adesão de pelo menos 600 pessoas na manhã deste sábado (29), na região da UFMS. Com cartazes, camisetas e gritos de ordem, estudantes em sua maioria e jovens pediam pela saída do presidente.

Protesto reuniu universitários e jovens que pedem a saída do presidente. (Foto: Kísie Ainoã)
Protesto reuniu universitários e jovens que pedem a saída do presidente. (Foto: Kísie Ainoã)

Organizados em fileiras, todos usavam máscaras e mantinham distanciamento.

A concentração começou 9h da manha em frente ao pontilhão da UFMS. Dali, um carro de som saiu e os manifestantes seguiram a pé até a frente do Atacadão e depois retornaram. O trajeto todo foi na Avenida Costa e Silva.

Ponto de concentração foi abaixo de pontilhão, onde estava faixa "Fora Bolsonaro". (Foto: Kísie Ainoã)
Ponto de concentração foi abaixo de pontilhão, onde estava faixa "Fora Bolsonaro". (Foto: Kísie Ainoã)
Organizados em fila, manifestantes eram orientados a evitar aglomerações e cumprir distanciamento. (Foto: Kísie Ainoã)
Organizados em fila, manifestantes eram orientados a evitar aglomerações e cumprir distanciamento. (Foto: Kísie Ainoã)

Além da distribuição de máscaras PFF2, os organizadores também estavam orientando evitar aglomerações e passando álcool em gel nas mãos de todos.

Servidor público, Luís Gelati, de 29 anos, saiu às ruas para protestar contra o Governo que, nas palavras dele, mata mais do que a doença. "O que é um absurdo, considerando a quantidade de gente que a doença está matando", comentou.

Luís disse ainda que são mais de 14 milhões de desempregados, 500 mil mortos pela covid, e por isso não dá para esperar até 2022, quando ocorrem as próximas eleições.

"A gente quer parar o descaso com a saúda, com a educação. O descaso sempre existiu, mas atingiu um nível que não imaginávamos. Ele foi fortalecido no Governo Bolsonaro", completou.

"Se eu não fizer nada agora, depois não posso reclamar", diz estudante Ana Paula. (Foto: Kísie Ainoã)
"Se eu não fizer nada agora, depois não posso reclamar", diz estudante Ana Paula. (Foto: Kísie Ainoã)

Estudante de Biologia, Ana Paula Faria, de 19 anos, protestava também pelo corte de verbas que a UFMS, onde ela estuda, vem sofrendo. "Meu sonho era entrar aqui, mas os cortes de verba estão complicando, ainda mais no meu curso que precisa de dinheiro para pesquisa", ressaltou.

Com a família recebendo o auxílio emergência, Ana Paula diz que as coisas estão tão difíceis que não dá para ficar em casa esperando até as próximas eleições. "Se eu não fizer nada agora, depois não posso reclamar. Nossa geração é que pode mudar o que está acontecendo, temos força e se nos unirmos, vai acontecer o que já está acontecendo".

Professora, Cristiane Oliveira, de 26 anos, está há pelo menos cinco saindo às ruas pedindo por melhorias. "A consciência social não chega para a maioria das pessoas, estamos na rua atrás dessas pautas, isso aqui é urgente. A cidade inteira tinha que estar aqui fazendo protesto. Estamos por quem não pode mais".

Protesto seguiu pela Avenida Costa e Silva. (Foto: Kísie Ainoã)
Protesto seguiu pela Avenida Costa e Silva. (Foto: Kísie Ainoã)


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