Prefeito diz que monitoramento de crimes comprova efeitos do toque de recolher

O prefeito Marquinhos Trad (PSD), usou a redução de crimes em Campo Grande para comprovar que o toque de recolher em vigor há mais de um mês promoveu mudanças significativas na cidade. Desde 21 de março, como medida de enfrentamento à pandemia do coronavírus, é proibido sair de casa das 22h às 5h.

Durante live no Facebook neste sábado (25), o prefeito citou dados da SESDES (Secretaria Especial de Segurança e Defesa Social) sobre a criminalidade na Capital durante um mês – do dia 21 de março ou 21 de abril.

Segundo ele, os homicídios dolosos, quando há intenção, caíram 42,2% em relação ao mês passado, de 19 de fevereiro ao 20 de março. Foram sete casos registrados durante o período de vigor do toque de recolher. Acidentes de trânsito com morte também tiveram redução significativa, de 60%. Até o dia 21 de abril, foram quatro casos na cidade.

Marquinhos relevou ainda que o número de feminicídios se manteve o mesmo – um a cada 30 dias – e que os registros de morte a esclarecer caíram 36,4%. A pesar dos registros diários continuarem, crimes de roubo e furto também diminuíram – em 47,1% e 37,9%. “O toque de recolher funciona sim, e está colocando ordem social e mais paz em Campo Grande”, afirmou o prefeito.

O toque de recolher passou a valer na Capital no dia 21 de março. Inicialmente deveria vigorar até o dia 5 de abril, mas logo foi prorrogado até 19 de abril. Ainda em março, no dia 26, a prefeitura chegou a ampliar o horário de proibição: de quinta-feira a domingo os moradores não podiam sair das 20h às 5h. A medida durou pouco tempo.

Com o horário de proibição das 22 às 5 horas restabelecido para todos os dias da semana, o prefeito Marquinhos Trad voltou a prorrogar a medida. Agora, a previsão é de que o toque de recolher siga em vigor na Capital até o dia 10 de maio. Ainda não há informações sobre mudanças na data.