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Capital

Prefeitura desiste de piscinão e fará nova obra contra enxurradas na Capital

Avaliação é que sistema de drenagem implantado na região norte da cidade absorveu demanda de águas pluviais que ocuparia a estrutura

Humberto Marques | 08/02/2019 15:39
Piscinão no córrego Réveillon não será mais construído diante dos efeitos positivos que nova rede de drenagem teve na região. (Foto: Mirian Machado)
Piscinão no córrego Réveillon não será mais construído diante dos efeitos positivos que nova rede de drenagem teve na região. (Foto: Mirian Machado)

A construção de um piscinão no córrego Réveillon, no encontro das Avenidas Mato Grosso e Hiroshima, no Carandá Bosque, em Campo Grande, será substituído por um projeto de interligação de redes de drenagem. A medida deve ter o mesmo efeito que a lagoa de contenção e evitar que enxurradas causem alagamentos na região do Parque das Nações Indígenas e ajudem no assoreamento do lago no local.

A assessoria da Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) explica que o piscinão foi projetado para ocupar uma área de aproximadamente 600 metros, pertencente a uma entidade de classe na região. Após o andamento das negociações, houve um segundo problema envolvendo o local para descartar materiais retirados do piscinão –discussão burocrática que consumiu outros seis meses.

Paralelamente a estes percalços, o município avançou em frentes de pavimentação e drenagem na região norte da cidade, mais especificamente na Etapa D do projeto Mata do Jacinto –que contemplou também a implantação de sistemas de escoamento na Avenida Desembargador Leão Neto do Carmo, no Parque dos Poderes.

Tais obras ajudaram a amortecer a força das enxurradas de bairros como o Carandá Bosque e a Vila Nascente, parte delas direcionadas diretamente para o córrego Sóter, reduzindo também a quantidade de terra e areia que iam parar no Parque das Nações.

Assim, em vez de um piscinão, a Sisep estuda implantar um canal para direcionar águas pluviais da Vila Nascente para a tubulação construída sob a Avenida Mato Grosso –ao lado de onde seria o piscinão–, dispensando o piscinão. A obra deve ser custeada com parte dos R$ 11 milhões reservados para as intervenções na Mata do Jacinto.

Seco – Quanto a atual situação do córrego Réveillon, que se encontra seco, a Sisep explica que o filete de água da nascente ainda existe. As águas que antes se acumulavam no local eram resultado de enxurradas que ficavam represadas na área escavada para ser o piscinão, porém, com a instalação do tubo armco sob a Mato Grosso, não ocorrem mais acúmulos de água no local, seguindo em direção ao córrego Sóter.

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