Em local que receberia piscinão na MT, margens de córrego desabam
Obra foi pensada para reduzir assoreamento do lago do Parque das Nações Indígenas, mas projeto terá alterações
As obras para construir um piscinão no encontro das Avenidas Mato Grosso e Hiroshima, no Bairro Carandá Bosque, foram paralisadas diante da desistência do município em prosseguir com o projeto. Agora, cada chuva faz com que as margens do córrego Reveillon desabem. A situação foi constatada na manhã desta sexta-feira (8) pela reportagem.
No local, é possível ver que o que era para ser um reservatório para conter o processo de assoreamento do lago do Parque das Nações Indígenas está apenas piorando a situação.
Em 2016, o Campo Grande News chegou a mostrar como estava o local. Na imagem, ainda dá pra ver que há um pouco mais de água no córrego, áreas verdes e mato. Hoje, o buracão está mais aberto. O resultado disso é o assoreamento do lago no Parque das Nações, que teve suspenso o trabalho da retirada da terra porque ele não teria efeito sem o término da obra na Avenida Mato Grosso.
A área onde foi feita uma barragem para segurar a areia e fazer apenas a água escorrer rumo ao lago maior do parque está quase toda em terra seca.
Projeto inicial – Conforme o projeto inicial, o piscinão seria feito para resolver o problema de enchentes na região e também reduzir o assoreamento do lago do Parque. A bacia de detenção teria 20 mil metros quadrados e seria forrada com muros de contenção tipo gabião, com uma capacidade para 30 mil metros cúbicos de água.
A intenção é represar a água do escoamento da chuva e soltá-la aos poucos, impedindo que a enxurrada desça com força e de uma vez, acumulando-se no entorno da Via Parque, onde há um histórico de alagamentos durante chuvas fortes.
Resposta – Conforme o secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos da Capital, Rudi Fiorese, o piscinão não foi concluído porque um novo projeto técnico está em fase de elaboração, que tornará a estrutura desnecessária.
Sobre o desmoronamento das margens do córrego, fazendo o buraco aumentar, ele disse que não há problemas estruturais, já que afetou as avenidas. Mesmo assim, informou que vistorias têm sido feitas no local. “Não tem problema nenhum ali, estamos indo lá e acompanhando a situação”, afirma.